quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Seis Características dos Extremistas de Esquerda


Esquerdistas valorizam [em ordem decrescente de importância] a revolução, o partido e a aceitação grupal. São estes valores os determinantes das escolhas ilógicas que tomam. Já os fatos, a coerência, a igualdade e outras coisas quaisquer serão sumariamente ignoradas, descartadas ou distorcidas se entrarem em conflito com os ítens que o radical de esquerda valoriza. Crenças são as lentes pela qual o indivíduo percebe o mundo, esquerdistas crêem piamente no materialismo histórico, na teoria da exploração, na luta de classes, na mais-valia e em outros conceitos provenientes da seita marxista.

Ter consciência das coisas que um esquerdista crê e valoriza ajuda a mapear quais serão os possíveis passos da esquerda [escolha de métodos e estratégias] dentro da guerra política.

As características do militante radical de esquerda são:

1) Baixa complexidade cognitiva.

Esquerdistas são rápidos para disparar rótulos (de uma lista limitada) em direção a qualquer um que discorde deles. “Racista” é usado a qualquer um que tenha restrições a cotas. “Nazista” é um rótulo usado em quem discorde da agenda esquerdista, os esquerdistas dissidentes são rotulados como “trolls.”

Esses rótulos são as muletas que os fazem sentirem-se seguros. Ao disparar esses epítetos histéricos em alguém que questione seus pontos de vista, o esquerdista inviabiliza o debate e deixa seu próprio sentimento de segurança intacto.

2) Defesa fervorosa da censura

Campanhas exigindo censura ou a remoção de grupos opositores são coisas corriqueiras. Muitos extremistas irão defender orgulhosamente a política de silenciar adversários. Eles argumentam que algumas opiniões/ponto de vista são “muito radicais” para merecer a liberdade de expressão. A ironia é que são eles a agir como juízes e carrascos.

3) Evitar o debate

Não há espaço para o debate pouco importando o quão neutro ou justo este possa ser. Quando desafiada ao debate a extrema esquerda recorrerá as duas táticas mencionadas anteriormente. Explicações ou qualquer desafio as suas políticas serão rechaçadas. Isso fica evidente com a adesão da militância esquerdista ao Marco Civil da Internet.

4) Falta de atividade política genuína

Maioria dos coletivos são compostos por pessoas que fazem da militância seu ganha pão [com mortadela], eles raramente se envolvem em eleições políticas ou procuram implantar uma mudança duradoura. Isso é observável em pessoas que frequentemente criticam os pontos de vista de outrém no debate, mas nunca emitem uma opinião própria. Os grupos da extrema esquerda registrados como partido recebem pouquíssimos votos.

5) A recusa de “jogar limpo” e a tendência violenta

Esse aspecto é predominante em toda a política mas bem mais evidente nesse setor. A esquerda irá usar a intimidação e subsequente obstrução física se a intimidação falhar. Exemplo: quando a esquerda tenta forçar uma entidade a cancelar uma palestra e falha, eles tentam bloquear o acesso ao local da palestra tanto para o público quanto para o palestrante.

6) Histeria e propaganda maciça

A esquerda tentará distorcer ou negar a realidade e panfletará a propaganda que acredita promover sua causa. Uma tática manjada é achar uma história desagradável ou preocupante (ou exagerar uma) e encontrar um meio de associá-la ao grupo que deseja prejudicar.

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sábado, 20 de dezembro de 2014

Como formar um grupo de estudos promissor: Dicas e Estratégias



A formação intelectual é fundamental para um movimento de direita universitário. É este grupo de estudantes que será o principal formador de opinião dentro do meio acadêmico, o portavoz regional de movimentos sociais (como MBL ou “Vem Pra Rua”), a ponte entre organizações (como o MVB, MEB, EPL e afins) e a massa de estudantes. A formação teórica adquirida nos grupos de estudo habilita os membros a formar novos quadros para organizações fora do meio acadêmico, se posicionar publicamente e divulgar a própria opinião. E até mesmo formar um público cativo para eleger uma chapa de DA/CA ou DCE em sua própria universidade.

Estruture o grupo:

Um grupo de estudos promissor tem de 3 a 4 membros (no máximo 5 pessoas). Os membros devem estar seriamente comprometidos a comparecer nos encontros e a se preparar previamente para tal. Comparecer ao encontro despreparado (ou seja, sem ter feito as leituras estabelecidas) irá impactar negativamente na sessão de estudos, diminuindo drasticamente a produtividade da sessão [isto sem mencionar que o tempo gasto terá um aproveitamento ínfimo].

Escolha um líder/mediador/moderador (pode ser uma pessoa de fora do grupo que domine o assunto ou pode haver uma rotatividade entre os membros a cada sessão de estudos). Essa pessoa ficará responsável por manter o grupo focado no tema e objetivo de cada sessão para que todos fiquem satisfeitos, aproveitem o tempo ao máximo (principalmente nas questões relevantes para dominar o assunto). O líder ficará encarregado de enviar um e-mail avisando sobre o horário, local e qualquer informação adicional relevante para a sessão de estudo.

Prepare-se para a sessão:

O grupo de estudo deve decidir o que será abordado em cada sessão. Isso pode ser feito via e-mail (por intermédio do moderador) alguns dias antes da próxima reunião ou isso pode ser discutido entre os participantes ao término de cada sessão. Caso estejam se reunindo semanalmente, provavelmente já estarão discutindo e planejando a formação teórica e intelectual do grupo.

É tentador querer focar os estudos em problemas imediatos que nos cercam, em outras palavras, na aplicação prática do que se aprendeu, no entanto vocês estarão negligenciando o propósito fundamental de um grupo de estudos – compreender e identificar a realidade que os cercam objetivamente. Essa é uma ótima oportunidade de se firmar como grupo! Aqui vão algumas sugestões:

- Escolha 2 ou 3 capítulos de um livro e divida-os entre os participantes do grupo. Cada subgrupo resumirá os conceitos fundamentais do capítulo em uma única página e a distribuirá aos outros membros.

- O grupo pode optar por fazer uma avaliação desses conceitos no ínicio de cada sessão de estudos como um todo, ou cada subgrupo pode apresentar os conceitos abordados no capítulo que resumiram para uma avaliação e discussão posterior.

Provavelmente haverá pouco tempo disponível para o grupo abordar toda a literatura referente a uma mesma temática, portanto selecionem uma literatura básica para cada tema que decidirem estudar. Cada membro do grupo deve estudar por conta própria o tema a ser abordado na próxima sessão (ou no minímo ter alguma familiaridade com a temática).

Estruture a sessão de estudos:

É de grande ajuda estruturar o decorrer da sessão para ajudar a manter o foco do grupo, e fazer o tempo render efetivamente ao mesmo tempo em que se cobre a maior quantidade de informação possível para a compreensão do tema. Seguem algumas sugestões:

- Defina a duração das sessões (por exemplo, 2 horas de duração toda terça-feira a noite).

- Utilize os primeiros 30 minutos da sessão para recapitular e discutir os conceitos apresentados na semana anterior. Isso permite aos participantes esclarecerem possíveis dúvidas ou questionamentos do tema, enquanto estimula o compartilhamento de conhecimento entre os membros do grupo (a melhor forma de saber se compreendeu algo é ser capaz de explicá-lo de forma simples a terceiros).

- O tempo restante utilize para abordar o tema da semana. Antes de começar, decida a sequencia a ser seguida no debate do assunto.

- Revezem na apresentação do assunto (enquanto alguns apresentam desenvoltura na exposição de um tema outros podem estar inibidos) e como grupo vocês podem discutir as questões que surgirem quando os participantes cumpriram suas obrigações individuais (seja ler o material ou resumir o capítulo).

- Caso você se depare com alguma notícia recente divulgada pelos meios de comunicação (cuja temática já tenha sido discutida pelo grupo), procure analisá-la (se há viés ideologico, se algo foi omitido etc.) a luz dos conceitos já discutidos pelo grupo de estudo. Os resumos feitos pelo grupo são de grande importância como fonte de consulta nesse momento! Leia-os e decidam em conjunto quais serão reforçados na próxima sessão.

- Vocês podem procurar também por questões atuais na web [as quais vocês podem levar até um professor (ou assistente dele) de sua universidade], pedir ao seu professor para colocar questões práticas em pauta e até mesmo trazer assuntos relevantes para apresentar ao grupo de estudo.

- Use os 10 minutos finais da sessão para fazer uma recapitulação rápida dos pontos principais discutidos no dia e finalize estabelecendo tarefas e compromissos a serem cumpridas para a próxima sessão.

Dica de estudo: inclua os seguintes procedimentos quando for debater algo:

Verifique se sabe o significado da terminologia empregada no assunto em questão.

Verifique se está compreendendo a linha de raciocinio do texto.

Escreva o que entendeu do assunto e se há algo a ser feito para resolver uma questão pontual.

Escreva os conceitos que foram estudados e sua aplicabilidade na percepção do mundo.

Procure lidar com o assunto de forma a desafiar sua compreensão dos conceitos listados por você (isso lhe dará uma nova perspectiva do assunto ou trará novas questões a mesa).

domingo, 14 de dezembro de 2014

Como Organizar um Protesto Relâmpago


Por Susannah Vila

Um protesto relâmpago [flashmob] é um grupo de pessoas que utiliza a comunicação por e-mails, redes sociais, aplicativos de celular para se mobilizar e num curto espaço de tempo reunir uma multidão e se dispersar rapidamente após dar o seu recado [no local e horário combinado]. Essas pessoas são capazes de agir coordenadamente até mesmo quando não se conhecem direito. Os telefones celulares atuais permitem uma comunicação eficaz e possuem recursos computacionais. Estes aparelhos os conectam uns com os outros e com outros equipamentos de comunicação existentes.

Protestos relâmpagos executados por ativistas, convocados por mensagens de texto, trazem mudanças pontuais até mesmo em ambientes hostis; um protesto relâmpago é um ato poderoso por testar os limites do que os governos repressivos irão tolerar em termos de livre associação e reunião pouco importanto o quão banal ou irreverente tal ação perpetrada por essa massa seja. Um Protesto relâmpago em desafio ao governo foi organizado na Bielorrússia por volta de 2006 que consistia em um grande grupo de pessoas tomando sorvete próximo ao centro da cidade, em contestação a uma lei aprovada em assembléia que proíbe manifestações no país. Mesmo com as pessoas deixando o local depois da realização do pequeno protesto, alguns jovens ainda foram presos.

Obs: Esteja ciente das leis e regulamentos em vigor relativas a grandes concentrações de pessoas. Protestos relâmpagos podem ser ilegais em certas circunstâncias.

 

Passo 1.


Defina seu objetivo geral. Você quer aumentar a visibilidade da sua causa? Protestar contra uma decisão politica injusta? Organizar uma performance artistica? Esclareça a sua meta. As vezes apenas por mostrar que você é organizado o sufuciente para reunir uma multidão em um local pré-determinado para realizar alguma atividade definida já causa um impacto na percepção que os governantes tem sobre você e seus associados, e isto por si só já é uma meta razoável.

 

Passo 2.


Descubra especificamente quais ações o levarão a atingir sua meta. O essencial é que todos participem juntos no momento exato. Vocês podem se reunir fisicamente em um lugar pré-determinado ou executar a mesma ação simultaneamente de lugares diferentes.

Exemplos: ligações telefônicas em massa para o congresso ou uma guerra de travesseiros. Um protesto relâmpago não precisa ser um ato político.

 

Passo 3.


Esteja preparado: avalie o potencial do local em que ocorrerá o ato, tenha em mãos os contatos das pessoas que pretende convidar, monte uma lista de grupos no seu telefone celular/e-mail para que você possa enviar a mensagem a todos de uma só vez.

Você também pode organizar um protesto relâmpago a partir de um blog ou das redes sociais. Há até mesmo websites dedicados a criar e manter listas de grupos.

 

Dica!


Redes sociais são ótimas para organização de protestos, mas cuidado com os espiões! Portanto cuide da sua segurança.

 

Passo 4.


Defina o dia e o horário para o protesto, e calcule aproximadamente quanto tempo irá levar para que os participantes cheguem ao local combinado. Você pode avisar a data do protesto com antecedência mas deixe todas as outras informações sob sigilo.

Protestos relâmpagos são muito eficazes em países que desescorajam a liberdade de reunião e associação. No momento em que um informante anti-democrático descobrir os seus planos, seu grupo grupo já terá finalizado o protesto.

 

Passo 5.


Instale em seu telefone celular um aplicativo de envio de SMS em massa. De forma similar as listas de e-mail, aplicativos de envio de SMS em massa lhe possibilitam o envio de mensagens de texto para um número enorme de pessoas de uma só vez. Esses aplicativos reduzem a quantidade de tempo que alguém gastaria para contatar os outros individualmente.

Dois aplicativos populares são o TXTMob e o Frontline SMS, estes podem ser usados para organização, envio de alertas e coordenação dos participantes.

 

Dica!


Sobre os serviços de envio de mensagem em massa, os usuários devem se cadastrar e verificar a marca de seus telefones celulares. O fato das pessoas interessadas em participar do protesto terem que se cadastrar previamente no fornecedor do aplicativo podem ser uma barreira que os inibam de usá-lo.

 

Passo 6.


O segredo deste tipo de protesto é a execução rápida e a distribuição das massas. Escreva textos curtos, claros e objetivos—geralmente mensagens de texto são limitadas a 160 caracteres—e incentive as pessoas a repassarem a mensagem.

 

Dica!


Protestos relâmpagos geralmente não possuem um comando central controlando os movimentos e ações dos participantes. Enquanto uma organização ou grupo pode enviar a mensagem inicial convocando para o protesto, tal grupo pode perder o controle da massa já que a mensagem pode ser repassada para pessoas além de seus circulos internos. Não se surpreenda se você perder o controle sobre os manifestantes.

 

Passo 6.


Se você quiser divulgar o protesto, entre em contato com os veículos de comunicação um pouco antes dos manifestantes lotarem as ruas e inclua poucos detalhes para manter o elemento surpresa. Se você fotografar ou gravar um vídeo do evento, você pode divulgá-lo após o término do ato para dar visibilidade a sua causa.

 

Passo 7.


Envie as mensagens convocando a massa! Siga para o local do protesto.

 

Dica!


Inclua variações da frase “repasse a mensagem” no seu SMS para encorajar os destinatários a repassá-las aos seus próprios contatos.

 

Passo 8.


Execute as ações combinadas para o protesto. Dispersem-se com tranquilidade e silenciosamente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Colabore de Forma Efetiva e Organize uma Coalizão


Por Susannah Vila

Uma coalizão formal é um agrupamento de organizações e indivíduos em torno de uma questão ou campanha.

Formar uma coalizão significa aumentar os recursos que você possui e quantos mais recursos tiver, maior será sua influência e poder. Trabalhe com todos – com a população, grupos aliados, instituições públicas e privadas – e deixe-os contribuir com sua causa.

 

Passo 1.


A campanha [para a qual você está trazendo outros ativistas e organizações] deve ter visibilidade e objetivos claramente definidos. Eles precisam compreender o porquê de estarem juntando forças com você. Qual o resultado final que você almeja e quais são os procedimentos necessários para consegui-los?

 

Passo 2.


Qual é o seu cronograma? Dependendo da duração que a sua campanha terá, seja curta ou longa, você pode optar por criar um concílio temporário ao invés de uma coalizão.

 

Passo 3.


Ao pensar sobre isso, você poderá se surpreender com o número de aliados que encontrará pelo caminho. Grupos, instituições, organizações, empresas e indivíduos que compartilham os mesmos interesses que você são entidades com as quais você pode contar. Faça uma lista de possibilidades.

 

Passo 4.


Tendo identificado organizações que tenham objetivos similares, estude-as. Faça seu dever de casa. Saiba tudo a respeito das organizações que irá contatar antes mesmo de fazer o primeiro contato. Saiba em quais projetos estas entidades estão trabalhando, os projetos que já concluiram e como essas organizações podem contribuir para a sua causa.

 

Passo 5.


Não negligencie alianças incongruentes, ou pessoas das quais as visões politicas divergem das suas se os seus objetivos pelo menos estejam alinhados no curto prazo. É surpreendente a frequência com que grupos distintos podem se aliar em torno de uma única causa.

 

Dica!


A probabilidade de sucesso é maior quando um grupo de pessoas elaboram as táticas e estratégias tendo vivências distintas e possuem a capacidade de ter um ponto de vista sobre a situação completamente inédito e vir com uma solução criativa ou inesperada.

 

Passo 6.


Comuniquem-se. Usem todos os meios de comunicação disponíveis (uma visita, um telefonema, um e-mail) pense no que for mais apropriado baseando-se na acessibilidade do grupo e da fluência de cada um no uso das novas tecnologias.

Mencione o que você aprendeu em sua pesquisa e o motivo pelo qual você considera que os seus objetivos e de seus possíveis aliados convergem. Tendo definido os passos dos quais consistirão a sua campanha, mostre a eles como podem se encaixar no seu cronograma explicando isso de uma maneira clara e concisa.

 

Dica!


Uma coalizão pública e formal pode ser mais problemática do que o imaginado. Considere o trabalho conjunto com outras instituições de modo informal, [ou seja] de maneira implícita.

 

Passo 7.


Marque um encontro com todos os que se dispuseram a participar para que se conheçam. Permita a cada um falar de seus projetos pessoais e discorrer sobre como esta operação conjunta se dará.

 

Passo 8.


Acompanhe. Entre em contato com os grupos uma segunda vez para sintetizar o acordado e enfatizar os próximos passos.

 

Passo 9.


Crie um diretório central ou um comitê de coordenação composto por um pequeno núcleo de indivíduos capazes e dispostos a dedicar mais tempo e energia que os demais.

Se você é uma dessas pessoas, aceite sua posição de liderança. Caso esteja fora desse grupo, apoie-o onde, quando e como puder e ofereça seus melhores conselhos. Deixe-os tomar as decisões pelo grupo, assim seu trabalho irá progredir eficientemente.

 

Passo 10.


Confiem uns nos outros.

 

Passo 11.


Possibilite que a confiança se estabeleça, torne o ambiente propício para que todos sejam o mais transparente possível. Use as ferramentas que são úteis para a colaboração, como o Google documents (bom porque qualquer pessoa pode acessar o documento uma vez que esteja logado no Gmail).

 

Passo 12.


Criem o calendário em conjunto para os mais variados eventos e encontros de cada oraganização para que qualquer um possa comparecer às reuniões de outro alguém. Garanta que não haja eventos com datas e/ou horários conflitantes!

 

Dica!


O consenso é difícil de alcançar. Considere ampliar a definição disso – você pode combinar que o consenso é atingido mesmo quando uma porcentagem menor que 100% concorda? Talvez uma regra estabelecendo o consenso como a adesão de 2/3 dos presentes?

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domingo, 9 de novembro de 2014

Como Fazer um Observatório Eleitoral Colaborativo

Por Susannah Vila

Você pode encorajar os cidadãos a denúnciar crimes eleitorais praticados em suas zonas eleitorais e mapear esses crimes usando o Ushahidi. Para ser bem sucedido, crie uma estratégia para alimentar sua plataforma antes mesmo de instalá-la. Aqui vão algumas diretrizes para ajudá-lo com isso. Se você seguir todos esses passos, será capaz de documentar os crimes eleitorais e levá-los a julgamento na justiça ao mesmo tempo em que cria um grupo organizado de cidadãos ativos e civicamente engajados.

 

Passo 1.


Crie um cronograma. Quanto tempo falta até as próximas eleições? 2 anos? 4 anos? Quanto mais tempo melhor, mas independente de quanto tempo você tenha disponível, planeje antecipadamente. Inclua no seu cronograma:

-Metas a atingir por diferentes indicadores durante o processo eleitoral (veja o passo 2)
-Interação com públicos diferentes e quando isso pode ser feito (veja passo 3)

 

Passo 2.


Você quer registrar o máximo possível de denúncias na sua plataforma, mas para qual finalidade? Decida qual será sua meta principal e considere colocar esse objetivo de forma clara e bem localizada em seu site, por exemplo numa “caixa de diálogo” com o título “Sobre nós.”

 

Passo 3.


Identifique o público-alvo. Isso é importante na escolha das melhores mídias para atraí-los para sua causa e deixá-los a par da plataforma e de como esta funciona.

Aqui estão grupos diferentes que você terá de identificar e entrar em contato:

1. Parceiros Regionais/Distritais (ver passo 4 e 5)
2. Multidões (ver passo 6)
3. Voluntários ( ver passo 7)

 

Passo 4.


Descubra quem são seus aliados. Faça uma lista com o nome de todos os grupos que considere que podem lhe apoiar, e irão devotar seus recursos pela sua causa, por eleições livres e justas no Brasil. Isso inclui associações, empresas, categorias trabalhistas, ONGs sérias, cooperativas, instituições religiosas que podem não possuir a experiencia tecnológica do seu time e o contato com ativistas jovens e empenhados, mas que tem processos estabelecidos para monitorar as eleições. Você constrói sua própria estratégia em paralelo aos métodos já consagrados por essas intituições.

 

Dica!


Identifique e entre em contato com ativistas e projetos já existentes nessa linha, pois irão lhe ajudar a promover e apoiar o seu projeto, incluindo a certeza do armazenamento da informação coletada e de que a rede de pessoas engajadas com a causa sejam reaproveitadas nas próximas eleições ou outros eventos.

Passo 5.


Entre em contato com todos da sua lista. Considere convidá-los para uma reunião informal. Em seu primeiro encontro com esses grupos, decida a natureza da colaboração de cada um – vocês irão criar uma aliança que enviará todas as denúncias para a mesma plataforma, ou isso será suficiente para ter certeza de que estão compartilhando informações uns com os outros sobre seus esforços? Vocês estão incluindo o registro de eleitores em sua campanha? Você quer que as denúncias comecem antes da votação (com as evidências de compras de voto, por exemplo), e em caso positivo quanto tempo antes da votação propriamente dita? Como você saberá que os esforços empregados em sua empreitada divulgarão o sucesso (ou não) de sua plataforma?

 

Dica!


Quando se encontrar com os parceiros de sua região/destrito, enfatize que a mesma campanha pode ter multiplos resultados positivos. Podendo ir além da observação eleitoral colaborativa impactando em suas áreas de interesse primário, seja na formação dos eleitores, no registro eleitoral, no engajamento anti-corrupção e na educação cívica. Considere indicar líderes para defender essas bandeiras, gerentes de suas próprias sub-campanhas, com objetivos únicos.

 

Dica!


Quais são as maiores comunidades brasileiras no exterior e com quem você pode se comunicar no período das eleições? Se você não é um brasileiro nato, certifique-se de que há uma boa razão para você levar esse projeto a cabo (você tem certeza de que não há nenhum brasileiro vivendo em seu próprio país de origem que possa liderar essa iniciativa?) e comece a se comunicar o mais rápido possível com aliados que tenham relações com os cidadãos, ativistas e demais instituições atuantes. Nesse caso é muito importante identificar e se comunicar com os brasileiros que vivem fora do país.

 

Passo 6.


Divulgue para o máximo de pessoas possível. Aqui tem algumas ideias:

- panfletos, eventos, desenhos que motivem seu público alvo
- Consiga a atenção da mídia, seja fazendo [por exemplo] um evento musical ou uma competição que reúna uma multidão de jovens no mesmo local. Aproveite a exposição que você terá na mídia e divulgue a sua causa. Mire os formadores de opinião das redes sociais e blogs.

 

Passo 7.


Envolva os voluntários no seu plano geral de divulgação e publicidade. Torne sua equipe inicial disponível para as pessoas interessadas pelo seu projeto. Assim que começar a ter pessoas interessadas em cooperar, você precisará atribuir funções diferentes para cada participante e delegar responsabilidades, a começar pelo grupo principal. 

Por exemplo:

Coordenador de voluntários

Conselheiro técnico

Equipe de verificação (ou estratégica se você estiver customizando a plataforma do Ushahidi para incluir verificações automáticas das denúncias recebidas)

 

Passo 8.


Torne as coisas o mais simples possível para os parceiros e voluntários colaborarem. Defina as plataformas de colaboração. Exemplos:

Um chat público no skype

Um grupo no google

Um grupo no facebook

Uma hashtag ou nome de usuário do twitter

Se lembra das metas definidas no cronograma? Certifique-se que esse cronograma esteja em vários lugares – seja no topo das postagens do grupo do facebook, do grupo do google, etc.

 

Dica!


É aconselhável ter no mínimo dois grupos, um para o público em geral e outro para o seu grupo principal. Saiba diferenciar o conteúdo a ser publicado em cada grupo.

 

Passo 9.


Fontes de informação

Celulares – SMS – Você quer pegar um número de celular usando o Frontline SMS ou Clickatell, usar um código curto, ou ambos? O SMS é recomendado, mas lembre-se que você terá que arrumar um jeito de mapear essas denúncias feitas por mensagens de texto por conta própria, a não ser que você possa conseguir esses dados com a compania telefônica que lhe passou o código curto. Sua decisão deve levar em conta o nível de cooperação da compania telefônica, incluindo se já houve ou não um diálogo prévio com ela.

Email/Twitter/Outras redes sociais – Certifique-se de adquirir toda a informação necessária ao recolher as denúncias nessas plataformas. Considere a possibilidade de criar um formulário na internet para conectar as pessoas das mais diversas redes sociais e que peça todos os dados necessários: dados detalhados sobre a localização, categoria e multimidia.

Denúncias nos veículos de comunicação e jornalistas – Reúna as noticias envolvendo denúncias (você pode delegar essa tarefa a um grupo de voluntários).

 

Passo 10.


Equipe de verificação e estratégia. Recomenda-se ter um time de verificação capaz de receber alertas da plataforma sobre casos acontecidos nas zonas eleitorais e  preparado para descobrir o que esta acontecendo. Melhor ainda, peça a um grupo de voluntários residentes próximo ao local (lembre-se dos passos 4 e 5) ou jornalistas da região para fazerem isso. Você terá que decidir se todas as denúncias devem ser monitoradas, ou apenas aquelas de fontes suspeitas. Você pode configurar o Ushahidi para que as denúncias de fontes confiáveis sejam computadas automaticamente.

 

Passo 11.


Fechando o ciclo de informações. Como você irá mostrar as pessoas que lhe forneceram informações que você realmente as recebeu? Certifique-se de ter um sistema que diga aos colaboradores que as denúncias feitas foram recebidas e que você está disposto a ir até o fim nessa empreitada.

Qual atitude tomar com todos os dados em mãos? Como a documentação digital pode ser utilizada nos tribunais brasileiros? Certifique-se de preservar a documentação de fraude eleitoral recebida pela sua plataforma para que ela possa servir de prova para prender os responsáveis pelos crimes.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Como Planejar uma Campanha


Por Susannah Vila

Toda campanha, independente do tamanho e da sua perícia tecnológica, deve ser planejada antes de sair pra rua. Nesse guia você aprenderá a definir:

- Seus objetivos
- Os recursos que você possui e precisa para alcançar o seu objetivo
- Sua clientela
- Táticas, ações e meios de mobilizar as massas
- A teoria para a qual você criará a mudança que almeja
- Um cronograma para a sua campanha
- Dica! Qualquer campanha terá seus altos e baixos com períodos de maior empolgação e alguns nem tanto – como você irá criar um clima após uma vitória e manter os participantes engajados após uma calmaria?

Passo 1.

Defina sua visão de longo prazo. Procure simplificá-la ao máximo para assegurar o sucesso, ou uma série de sucessos, mas não tantos que tais sucessos sejam meramente simbólicos.

Passo 2.

Defina seus objetivos de curto prazo. Um Bom objetivo de curto prazo é...
ESPERTO: Específico Palpável Exequível Realista e com um Tempo Objetivo a ser cumprido.

Passo 3.

Comece a identificar os recursos disponíveis para lhe ajudar a atingir sua meta.
Por exemplo, com quem você pode trabalhar? Colaboração é essencial para obter sucesso, e duplicar esses esforços amplificam-no. Use seu tempo para descobrir quem mais está lutando pelos mesmos objetivos que você,e entre em contato com eles.

Passo 4.

Descubra quais são os seus colaboradores mais importantes identificando a clientela que você quer atingir. Quem você terá que contatar para colocar em curso as mudanças que deseja ver implantadas?

Você provavelmente direcionará a sua campanha a duas correntes principais:

- Sua clientela
Sua clientela consiste dos seus colaboradores – as pessoas que você quer recrutar para a sua causa e com as ações que você acredita que criarão as mudanças. Eles podem ser seus conhecidos (pessoas do seu colégio/faculdade) ou cidadãos no geral. O quanto mais você simplificar mais fácil será emplacar o discurso certo para a adesão deles! Antes mesmo de pensar em expandir o número de membros, garanta que o máximo de pessoas possível saibam sobre a causa que você defende.

- Seu público alvo
Essas são as pessoas que tem o poder de criar a mudança que você quer ver. Pode ser um presidente, um político ou uma bancada no congresso, acionistas de uma empresa, executivos de uma corporação, veículos de comunicação, ou outro grupo qualquer com poder decisório. Saiba tudo sobre o grupo alvo uma vez que o tenha identificado, pois você precisará saber o que os levam a tomar partido de algo para que você seja bem sucedido.

Passo 5.

Poder se trata do que você possui e com quais indivíduos/grupos/instituições com quem você se associa.

Como conseguir mais colaboradores – o suficiente para mudar o equilíbrio do poder, de certo modo, você e seus aliados e, por outro, seu público-alvo? O que você pode oferecer que eles precisam?

I.E...

Ativistas peritos no uso da internet podem usar seus recursos [contatos/colaboradores] para atrair suporte internacional, e ampliar sua influência de forma até mesmo a conseguir a adesão de personalidades e organizações internacionais. Esses colaboradores internacionais tem um grande poder de convencimento e de influência sobre as decisões políticas de um país, e são capazes de voltar os olhares internacionais para injustiças como a prisão de Leopoldo López.

Passo 6.

Transforme esse brainstorm em uma teoria para que as ações postas em prática dêem o resultado esperado.

Antes de começar a planejar um monte de táticas responda a essa pergunta:

Como será que as escolhas tomadas desse ponto em diante criarão as mudanças desejadas?

Passo 7.

Para ser capaz de entender quais ações se aplicam melhor a sua teoria de como a mudança se dará, primeiro tenha certeza que você compreende o sistema que você procura influenciar. Fale com quantas pessoas puder que estejam dentro desse sistema. O que os leva a tomar decisões? Quais são suas fontes de receita? Há divergências entre os líderes? Há alguém irritado com a forma com que as coisas tem sido feitas?

Passo 8.

Coloque no papel as táticas que irá utilizar. Na maioria dos casos, as táticas são planejadas previamente em um cronograma que cria um ambiente propício durante os meses. Mas de certa forma eles também criam uma dinâmica para tirar vantagem das situações que surgem.

Vale a pena estar constantemente ciente da mudança do quadro político e estar preparado para mudar as estratégias e táticas de acordo com o momento.

I.E...

Uma insurreição contra um governo totalitário é precedida por anos de trabalho duro e planejamento. Porém uma mudança repentina no cenário internacional ou alguma outra eventualidade podem criar a oportunidade de expansão do escopo do projeto e até mesmo de execução imediata do plano inicial.

Dica!

Uma tática pode repelir aqueles que estão com as rédeas do poder [uma ocupação ou protesto, por exemplo], ou pode tirar os recursos financeiros deles, como um boicote ou greve.

Passo 9.

Ao definir sua campanha, tenha em mente que haverão altos e baixos, pequenos sucessos ao atingir objetivos de curto prazo, momentos de calmaria e pequenos fracassos. Após o qual você terá que reavaliar os pormenores [como recursos, táticas e público-alvo], fazer uma autocritica e prosseguir.

No que os altos e baixos afetam a sua campanha? Como você irá capitalizar em cima de uma ação bem sucedida e manter os colaboradores engajados durante ou depois da calmaria?

Passo 10.

Delegue responsabilidades. Quem irá liderar?
Confira no diagrama abaixo que não há apenas um líder tomando todas as decisões e as comunicando aos demais. Ao invés disso há vários líderes. E ainda assim estão todos conectados uns aos outros de uma forma estruturada e claramente definida.

As pessoas no meio podem liderar pequenos times encarregados de certas responsabilidades. Todos são líderes, mas todos são orientados e operam baseados num propósito e estratégia de aceitação geral entre os participantes.

Dica!

Escolha as lideranças baseado nas diferentes habilidades das pessoas. Dê as pessoas funções específicas (você é bom em x, então vou te colocar no comando de x!), para definir objetivamente como vocês irão se comunicar e para rever a propósito que os unem frequentemente.

Passo 11.

Parabéns! Agora que você tem um plano para influenciar as pessoas certas que podem agilizar o processo de mudança. As decisões feitas por você enquanto segue os passos aqui descritos evoluem com o tempo, assim como os seus recursos mudam, logo continue consultando-os durante sua campanha e reajuste o que for necessário!

* * * * * *
Leia também:
Como Garantir que o seu Movimento se Fortaleça com o Passar do Tempo
Como realizar um evento de sucesso
Diretrizes para o desenvolvimento de uma Declaração de Missão e de um Estatuto Social
Colabore de Forma Efetiva e Organize uma Coalizão

domingo, 28 de setembro de 2014

Como Usar o Facebook para Captar Recursos


Por Susannah Vila

Com o uso das redes sociais, levantar fundos se tornou mais fácil e prático. E isso requer fazer as coisas da forma correta. Pense nisso como uma oportunidade de criar uma relação duradoura e de duas vias entre você e os seus colaboradores em potencial. Ao invés de entrar em contato com eles regularmente para deixá-los a par do que as doações deles lhe permitiram concretizar, utilize as redes sociais como um mostruário e expositor das atividades do seu grupo – em outras palavras, qual foi o impacto das doações recebidas.

Passo 1.

Crie uma página no Facebook.

Passo 2.

Coloque aplicativos de captação de recursos na sua página. Alguns que facilitam a doação sem pedir ao colaborador para sair de sua página são:
- O aplicativo Donate (requer cadastro no PayPal)
- Fundrazr (também requer cadastro no PayPal)

Passo 3.

Promova a sua página sistematicamente. Redirecione todas as suas postagens para a sua página. Diga a todos que encontrar sobre ela, caso seja entrevistado por outras mídias, peça para os espectadores visitarem a sua página. Quando criar materiais impressos como flyers ou camisas, aproveite para divulgar a sua página colocando uma referência a ela em algum lugar estratégico.

Passo 4.

Quando receber uma doação, documente-a juntamente com as informações de contato do colaborador.

Passo 5.

Você não precisa perder tempo e recursos contactando seus colaboradores regularmente para acompanhar o que tem sido realizado com suas doações. Utilize os recursos do facebook para tal e da seguinte forma:

Tendo recebido o dinheiro, certifique-se de documentar as informações para contato de cada doador e deixe-os a par de como suas doações estão sendo aplicadas. Ao invés de contactá-los individualmente [o que consumiria muito tempo e esforço] coloque as fotos em sua página das atividades que foram realizadas [desde a preparação de um evento até a sua realização]. Todos tem acesso em tempo real ao que está sendo concretizado em termos de esforço humano com suas doações. As atualizações podem ser acompanhadas em outras mídias sociais relacionadas a página como Youtube e Twitter além do próprio Facebook, tal medida acelera a captação de recursos.

Dica!

Crie uma URL de fácil assimilação para as pessoas poderem lembrar com facilidade. Por exemplo: https://www.facebook.com/canalfichasocial

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Como se Tornar um Palestrante Requisitado


Por Andy Goodman

Esse artigo por si só não irá lhe tornar um palestrante melhor. Você deve colocar as dicas contidas aqui em prática para conseguir tal feito, adaptá-las ao seu estilo pessoal e talvez inventar novas ferramentas por conta própria. Resumidamente, cabe a você colocar o que é descrito aqui em prática. O presente texto apenas lhe apontará o caminho correto a seguir.

Os erros fatais mais comuns

1. Ler os slides. Existe alguma justificativa plausível para um palestrante ler slides em voz alta uma vez que o espectador pode fazer isso por conta própria? Qual a razão de fazer isso já que o conteúdo se encontra no material informativo que foi distribuído previamente para o público?

2. Excesso de informação. Quem disse que quantidade é sinônimo de qualidade? Se uma apresentação é entediante, dez minutos já parecem uma eternidade. O público quer encontrar relevância e aplicação prática do conteúdo que lhe é transmitido.

3. Falta de interação. Falar ininterruptamente por 30, 40 ou mesmo 60 minutos é um tédio para o espectador e pode levá-lo ao sono. Lembre-se de que muitos ouvintes tem uma vida e uma experiência profissional que desejam compartilhar com os outros, cabe ao palestrante explorar, direcionar e facilitar o compartilhamento desses relatos entre o público.

4. Apresentadores apáticos. Palestrantes que falam de forma monótona, parecem ter falta de interesse pelo tema que abordam e levam o público à dispersão rápidamente. Em poucos minutos o espectador estará entretido olhando para algo mais interessante que a palestra ou pensando sobre o que poderia fazer caso estivesse em outro lugar.

5. Problemas técnicos. Projetores que não funcionam, ar condicionado muito frio, aparelho de som muito baixo, alto ou com chiado – enfim, toda a sorte de problemas técnicos que se possa imaginar. Problemas desse tipo muitas das vezes são inevitáveis ao longo de muitas apresentações, alguns podem ser previnidos e aqueles que não podem ser evitados jamais poderão arruinar a sua apresentação. Geralmente esse tipo de problema acontece com quem não tem um plano B ou não antecipa o que pode dar errado.

Como atingir a excelência

1. Interação. Apresentações interativas criam oportunidades para que os ouvintes trabalhem em conjunto e assimilem o conteúdo rapidamente.

2. Objetividade. Seja conciso e objetivo ao tratar dos três ou quatro pontos principais que deseja cristalizar na lembrança do público, ilustre-os usando metáforas/anedotas para ser mais eficaz.

3. Entusiasmo. Demonstre entusiasmo sobre o seu tema e transmita esse interesse ao público.

Obs: Outros pontos desejáveis são: humor, uso de histórias, relevância e slides visualmente bem elaborados.

Qual o diferencial dos Palestrantes muito requisitados?

Primeiro, eles são capazes de sintetizar e arranjar grandes quantidades de informação em algo inteligível e dentro do tempo estipulado para a apresentação, garantindo que o público seja capaz de assimilar e compreender os pontos principais.

Segundo, a não ser que tenham ajuda de terceiros, apresentadores qualificados criam seus próprios slides, transparências, gráficos ou outros recursos visuais de apoio os quais podem ajudar o público absorver o conteúdo facilmente. E quando eles trabalham sem recursos visuais, sabem como criar um discurso que pode prender a atenção do público por seus próprios méritos.

E, finalmente, os apresentadores habilidosos sabem como apresentar, o que significa envolver uma sala cheia de pessoas que podem estar: distraídas; hipnotizadas pelos seus BlackBerrys; apenas vagamente interessadas no assunto; completamente hostis; ou todas as possibilidades anteriores. Eles aprenderam o suficiente sobre o público com antecedência, para adequar os seus discursos à platéia, e eles desenvolveram a presença de palco ao ponto de estarem completamente confortáveis no podium, não importando quantos pares de olhos estão olhando para eles.

Sintetizar pilhas de informações em alguns pontos compreensíveis e de fácil memorização pode demorar várias horas ou mesmo dias. Criar slides ou outros elementos gráficos que suportam o apresentador (ao invés de simplesmente duplicar o seu conteúdo) leva mais tempo. E chegar a um nível de conforto com o tema que permita ao apresentador se concentrar no público (e se eles estão ou não compreendendo a explicação) em vez de tentar lembrar o próximo ponto pode levar horas de ensaio ou mesmo várias apresentações seguidas (no caso da palestra ser ministrada mais de uma vez).

Existe uma crença de que imprimir e distribuir uma apresentação de PowerPoint préviamente (1) ajuda o público a tomar notas mais facilmente e (2) fornece um sumário da apresentação para os inscritos que não puderem comparecer a palestra. E muitas entidades quando convidam um palestrante pedem que eles enviem suas apresentações antecipadamente.

Quando lhe pedirem tal coisa, recuse o pedido. Primeiro porque capturar a atenção do público e mantê-la é um desafio. As pessoas se distraem facilmente e qualquer material informativo distribuído antes da palestra é um convite à dispersão do público. Assim que o espectador ficar entediado ou confuso, ele invariávelmente começará a folhear o material informativo a procura de algo mais interessante ou para ver o que vem a seguir. E nessa situação o apresentador terá um trabalho muito mais ingrato para ganhar a atenção do ouvinte novamente. Enfim, qual a necessidade de ajudar o espectador a ignorá-lo?

Segundo, o PowerPoint é elaborado para ilustrar a sua fala e não para duplicá-la. Enquanto alguns slides podem fazer sentido por si só, outros estarão incompletos sem a narrativa que os acompanham e isso confundirá qualquer um que perca a explicação que acompanha-os. E por último, se você utiliza o humor em suas apresentações e alguns slides fazem parte do componente humorístico da sua palestra, não faria o menor sentido disponibilizar a sua apresentação antecipadamente. Um comediante que distribuisse préviamente um texto com suas piadas usadas no show não teria mais um emprego.

Por fim, mesmo que o seu anfitrião lhe peça para “fazer uma exceção” mantenha-se irredutível até que ele ceda. Se for para distibuir o material informativo, faça isso você mesmo e na hora que considerar conveniente.

* * * * *
Se você teve problemas para preparar sua palestra, então é importante assegurar que as pessoas continuem acordadas. Você deve pensar como tornar seu discurso atraente e vívido. Tenha respeito pela platéia e presenteie-os com uma palestra boa, interessante e memorável.

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