Esquerdistas valorizam [em ordem decrescente
de importância] a revolução, o partido e a aceitação grupal. São
estes valores os determinantes das escolhas ilógicas que tomam. Já
os fatos, a coerência, a igualdade e outras coisas quaisquer serão
sumariamente ignoradas, descartadas ou distorcidas se entrarem em
conflito com os ítens que o radical de esquerda valoriza. Crenças
são as lentes pela qual o indivíduo percebe o mundo, esquerdistas
crêem piamente no materialismo histórico, na teoria da exploração,
na luta de classes, na mais-valia e em outros conceitos provenientes
da seita marxista.
Ter consciência das coisas que um
esquerdista crê e valoriza ajuda a mapear quais serão os
possíveis passos da esquerda [escolha de métodos e estratégias] dentro da
guerra política.
As características do
militante radical de esquerda são:
1) Baixa complexidade cognitiva.
Esquerdistas são rápidos para disparar
rótulos (de uma lista limitada) em direção a qualquer um que
discorde deles. “Racista” é usado a qualquer um que tenha
restrições a cotas. “Nazista” é um rótulo usado em quem
discorde da agenda esquerdista, os esquerdistas dissidentes são
rotulados como “trolls.”
Esses rótulos são as muletas que os fazem sentirem-se
seguros. Ao disparar esses epítetos histéricos em alguém que
questione seus pontos de vista, o esquerdista inviabiliza o debate e
deixa seu próprio sentimento de segurança intacto.
2) Defesa fervorosa da censura
Campanhas exigindo censura ou a remoção de
grupos opositores são coisas corriqueiras. Muitos extremistas irão
defender orgulhosamente a política de silenciar adversários. Eles
argumentam que algumas opiniões/ponto de vista são “muito
radicais” para merecer a liberdade de expressão. A ironia é que
são eles a agir como juízes e carrascos.
3) Evitar o debate
Não há espaço para o debate pouco
importando o quão neutro ou justo este possa ser. Quando desafiada
ao debate a extrema esquerda recorrerá as duas táticas mencionadas
anteriormente. Explicações ou qualquer desafio as suas políticas
serão rechaçadas. Isso fica evidente com a adesão da militância
esquerdista ao Marco Civil da Internet.
4) Falta de atividade política genuína
Maioria dos coletivos são compostos por
pessoas que fazem da militância seu ganha pão [com mortadela], eles
raramente se envolvem em eleições políticas ou procuram implantar
uma mudança duradoura. Isso é observável em pessoas que
frequentemente criticam os pontos de vista de outrém no debate, mas
nunca emitem uma opinião própria. Os grupos da extrema esquerda
registrados como partido recebem pouquíssimos votos.
5) A recusa de “jogar limpo” e a
tendência violenta
Esse aspecto é predominante em toda a
política mas bem mais evidente nesse setor. A esquerda irá usar a
intimidação e subsequente obstrução física se a intimidação
falhar. Exemplo: quando a esquerda tenta forçar uma entidade a
cancelar uma palestra e falha, eles tentam bloquear o acesso ao local
da palestra tanto para o público quanto para o palestrante.
6) Histeria e propaganda maciça
A esquerda tentará distorcer ou negar a
realidade e panfletará a propaganda que acredita promover sua
causa. Uma tática manjada é achar uma história desagradável ou
preocupante (ou exagerar uma) e encontrar um meio de associá-la ao
grupo que deseja prejudicar.
A
formação intelectual é fundamental para um movimento de direita
universitário. É este grupo de estudantes que será o principal formador
de opinião dentro do meio acadêmico, o portavoz regional de
movimentos sociais (como MBL ou “Vem Pra Rua”), a ponte entre
organizações (como o MVB, MEB, EPL e afins) e a massa de estudantes. A
formação teórica adquirida nos grupos de estudo habilita os
membros a formar novos quadros para organizações fora do meio
acadêmico, se posicionar publicamente e divulgar a própria opinião.
E até mesmo formar um público cativo para eleger uma chapa de DA/CA
ou DCE em sua própria universidade.
Estruture
o grupo:
Um
grupo de estudos promissor tem de 3 a 4 membros (no máximo 5
pessoas). Os membros devem estar seriamente comprometidos a comparecer
nos encontros e a se preparar previamente para tal. Comparecer ao
encontro despreparado (ou seja, sem ter feito as leituras
estabelecidas) irá impactar negativamente na sessão de estudos,
diminuindo drasticamente a produtividade da sessão [isto sem
mencionar que o tempo gasto terá um aproveitamento ínfimo].
Escolha
um líder/mediador/moderador (pode ser uma pessoa de fora do grupo
que domine o assunto ou pode haver uma rotatividade entre os membros
a cada sessão de estudos). Essa pessoa ficará responsável por
manter o grupo focado no tema e objetivo de cada sessão para que
todos fiquem satisfeitos, aproveitem o tempo ao máximo
(principalmente nas questões relevantes para dominar o assunto). O
líder ficará encarregado de enviar um e-mail avisando sobre o
horário, local e qualquer informação adicional relevante para a
sessão de estudo.
Prepare-se
para a sessão:
O
grupo de estudo deve decidir o que será abordado em cada sessão.
Isso pode ser feito via e-mail (por intermédio do moderador) alguns
dias antes da próxima reunião ou isso pode ser discutido entre os participantes ao término
de cada sessão. Caso estejam se reunindo
semanalmente, provavelmente já estarão discutindo e planejando a
formação teórica e intelectual do grupo.
É
tentador querer focar os estudos em problemas imediatos que nos
cercam, em outras palavras, na aplicação prática do que se
aprendeu, no entanto vocês estarão negligenciando o propósito
fundamental de um grupo de estudos – compreender e identificar a
realidade que os cercam objetivamente. Essa é uma ótima
oportunidade de se firmar como grupo! Aqui vão algumas sugestões:
-
Escolha 2 ou 3 capítulos de um livro e divida-os entre os
participantes do grupo. Cada subgrupo resumirá os conceitos
fundamentais do capítulo em uma única página e a distribuirá aos
outros membros.
- O
grupo pode optar por fazer uma avaliação desses conceitos no ínicio
de cada sessão de estudos como um todo, ou cada subgrupo pode
apresentar os conceitos abordados no capítulo que resumiram para uma
avaliação e discussão posterior.
Provavelmente
haverá pouco tempo disponível para o grupo abordar toda a
literatura referente a uma mesma temática, portanto selecionem uma
literatura básica para cada tema que decidirem estudar. Cada membro
do grupo deve estudar por conta própria o tema a ser abordado na
próxima sessão (ou no minímo ter alguma familiaridade com a
temática).
Estruture
a sessão de estudos:
É
de grande ajuda estruturar o decorrer da sessão para ajudar a manter
o foco do grupo, e fazer o tempo render efetivamente ao mesmo tempo
em que se cobre a maior quantidade de informação possível para a
compreensão do tema. Seguem algumas sugestões:
-
Defina a duração das sessões (por exemplo, 2 horas de duração
toda terça-feira a noite).
-
Utilize os primeiros 30 minutos da sessão para recapitular e
discutir os conceitos apresentados na semana anterior. Isso permite
aos participantes esclarecerem possíveis dúvidas ou questionamentos
do tema, enquanto estimula o compartilhamento de conhecimento entre os
membros do grupo (a melhor forma de saber se compreendeu algo é ser
capaz de explicá-lo de forma simples a terceiros).
- O
tempo restante utilize para abordar o tema da semana. Antes de
começar, decida a sequencia a ser seguida no debate do assunto.
-
Revezem na apresentação do assunto (enquanto alguns apresentam
desenvoltura na exposição de um tema outros podem estar inibidos) e
como grupo vocês podem discutir as questões que surgirem quando os
participantes cumpriram suas obrigações individuais (seja ler o
material ou resumir o capítulo).
-
Caso você se depare com alguma notícia recente divulgada pelos
meios de comunicação (cuja temática já tenha sido discutida pelo
grupo), procure analisá-la (se há viés ideologico, se algo foi
omitido etc.) a luz dos conceitos já discutidos pelo grupo de
estudo. Os resumos feitos pelo grupo são de grande importância como
fonte de consulta nesse momento! Leia-os e decidam em conjunto quais
serão reforçados na próxima sessão.
-
Vocês podem procurar também por questões atuais na web [as quais
vocês podem levar até um professor (ou assistente dele) de sua
universidade], pedir ao seu professor para colocar questões práticas
em pauta e até mesmo trazer assuntos relevantes para apresentar ao
grupo de estudo.
-
Use os 10 minutos finais da sessão para fazer uma recapitulação
rápida dos pontos principais discutidos no dia e finalize
estabelecendo tarefas e compromissos a serem cumpridas para a próxima
sessão.
Dica
de estudo: inclua os seguintes procedimentos quando for debater
algo:
Verifique
se sabe o significado da terminologia empregada no assunto em
questão.
Verifique
se está compreendendo a linha de raciocinio do texto.
Escreva
o que entendeu do assunto e se há algo a ser feito para resolver
uma questão pontual.
Escreva
os conceitos que foram estudados e sua aplicabilidade na percepção
do mundo.
Procure
lidar com o assunto de forma a desafiar sua compreensão dos
conceitos listados por você (isso lhe dará uma nova perspectiva do
assunto ou trará novas questões a mesa).
Um protesto relâmpago
[flashmob] é um grupo de pessoas que utiliza a comunicação
por e-mails, redes sociais, aplicativos de celular para se mobilizar
e num curto espaço de tempo reunir uma multidão e se dispersar
rapidamente após dar o seu recado [no local e horário combinado].
Essas pessoas são capazes de agir coordenadamente até mesmo quando
não se conhecem direito. Os telefones celulares atuais permitem uma
comunicação eficaz e possuem recursos computacionais. Estes
aparelhos os conectam uns com os outros e com outros equipamentos de
comunicação existentes.
Protestos relâmpagos
executados por ativistas, convocados por mensagens de texto, trazem
mudanças pontuais até mesmo em ambientes hostis; um protesto
relâmpago é um ato poderoso por testar os limites do que os
governos repressivos irão tolerar em termos de livre associação e reunião
pouco importanto o quão banal ou irreverente tal ação perpetrada
por essa massa seja. Um Protesto relâmpago em desafio ao governo foi organizado na Bielorrússia por volta de 2006 que
consistia em um grande grupo de pessoas tomando sorvete próximo ao
centro da cidade, em contestação a uma lei aprovada em assembléia
que proíbe manifestações no país. Mesmo com as pessoas deixando o
local depois da realização do pequeno protesto, alguns jovens ainda
foram presos.
Obs:
Esteja ciente das leis e regulamentos em vigor relativas a grandes
concentrações de pessoas. Protestos relâmpagos podem ser ilegais
em certas circunstâncias.
Passo
1.
Defina seu objetivo
geral. Você quer aumentar a visibilidade da sua causa? Protestar
contra uma decisão politica injusta? Organizar uma performance
artistica? Esclareça a sua meta. As vezes apenas por mostrar que
você é organizado o sufuciente para reunir uma multidão em um
local pré-determinado para realizar alguma atividade definida já
causa um impacto na percepção que os governantes tem sobre você e
seus associados, e isto por si só já é uma meta razoável.
Passo
2.
Descubra
especificamente quais ações o levarão a atingir sua meta. O
essencial é que todos participem juntos no momento exato. Vocês
podem se reunir fisicamente em um lugar pré-determinado ou executar
a mesma ação simultaneamente de lugares diferentes.
Exemplos: ligações telefônicas em
massa para o congresso ou uma guerra de travesseiros. Um protesto
relâmpago não precisa ser um ato político.
Passo
3.
Esteja preparado:
avalie o potencial do local em que ocorrerá o ato, tenha em mãos os
contatos das pessoas que pretende convidar, monte uma lista de grupos
no seu telefone celular/e-mail para que você possa enviar a mensagem
a todos de uma só vez.
Você também pode
organizar um protesto relâmpago a partir de um blog ou das redes
sociais. Há até mesmo websites dedicados a criar e manter listas de
grupos.
Dica!
Redes
sociais são ótimas para organização de protestos, mas cuidado com
os espiões! Portanto cuide da sua segurança.
Passo
4.
Defina o dia e o
horário para o protesto, e calcule aproximadamente quanto tempo irá
levar para que os participantes cheguem ao local combinado. Você
pode avisar a data do protesto com antecedência mas deixe todas as
outras informações sob sigilo.
Protestos relâmpagos
são muito eficazes em países que desescorajam a liberdade de
reunião e associação. No momento em que um informante
anti-democrático descobrir os seus planos, seu grupo grupo já terá finalizado o protesto.
Passo
5.
Instale
em seu telefone celular um aplicativo de envio de SMS em massa. De
forma similar as listas de e-mail, aplicativos de envio de SMS em
massa lhe possibilitam o envio de mensagens de texto para um número
enorme de pessoas de uma só vez. Esses aplicativos reduzem a
quantidade de tempo que alguém gastaria para contatar os outros
individualmente.
Dois
aplicativos populares são o TXTMob e o Frontline SMS, estes podem
ser usados para organização, envio de alertas e coordenação dos
participantes.
Dica!
Sobre os serviços de
envio de mensagem em massa, os usuários devem se cadastrar e
verificar a marca de seus telefones celulares. O fato das pessoas
interessadas em participar do protesto terem que se cadastrar
previamente no fornecedor do aplicativo podem ser uma barreira que os
inibam de usá-lo.
Passo
6.
O segredo deste tipo de
protesto é a execução rápida e a distribuição das massas.
Escreva textos curtos, claros e objetivos—geralmente mensagens de
texto são limitadas a 160 caracteres—e incentive as pessoas a
repassarem a mensagem.
Dica!
Protestos relâmpagos
geralmente não possuem um comando central controlando os movimentos
e ações dos participantes. Enquanto uma organização ou grupo pode
enviar a mensagem inicial convocando para o protesto, tal grupo pode
perder o controle da massa já que a mensagem pode ser repassada para
pessoas além de seus circulos internos. Não se surpreenda se você
perder o controle sobre os manifestantes.
Passo
6.
Se você quiser
divulgar o protesto, entre em contato com os veículos de
comunicação um pouco antes dos manifestantes lotarem as ruas e
inclua poucos detalhes para manter o elemento surpresa. Se você
fotografar ou gravar um vídeo do evento, você pode divulgá-lo após
o término do ato para dar visibilidade a sua causa.
Passo
7.
Envie as mensagens
convocando a massa! Siga para o local do protesto.
Dica!
Inclua variações da
frase “repasse a mensagem” no seu SMS para encorajar os
destinatários a repassá-las aos seus próprios contatos.
Passo
8.
Execute
as ações combinadas para o protesto. Dispersem-se com tranquilidade e silenciosamente.
Uma
coalizão formal é um agrupamento de organizações e indivíduos em
torno de uma questão ou campanha.
Formar uma coalizão significa aumentar os recursos que você possui e quantos mais
recursos tiver, maior será sua influência e poder. Trabalhe com
todos – com a população, grupos aliados, instituições públicas
e privadas – e deixe-os contribuir com sua causa.
Passo
1.
A campanha [para a qual você está trazendo outros
ativistas e organizações] deve ter visibilidade e objetivos claramente definidos. Eles precisam compreender o porquê de
estarem juntando forças com você. Qual o resultado final que você
almeja e quais são os procedimentos necessários para consegui-los?
Passo
2.
Qual é o seu
cronograma? Dependendo da duração que a sua campanha terá, seja curta ou
longa, você pode optar por criar um concílio temporário ao invés de uma
coalizão.
Passo
3.
Ao pensar sobre isso,
você poderá se surpreender com o número de aliados que encontrará
pelo caminho. Grupos, instituições, organizações, empresas e indivíduos que
compartilham os mesmos interesses que você são entidades com as
quais você pode contar. Faça uma lista de possibilidades.
Passo
4.
Tendo identificado
organizações que tenham objetivos similares, estude-as. Faça seu
dever de casa. Saiba tudo a respeito das organizações que irá
contatar antes mesmo de fazer o primeiro contato. Saiba em quais
projetos estas entidades estão trabalhando, os projetos que já
concluiram e como essas organizações podem contribuir para a sua
causa.
Passo
5.
Não negligencie
alianças incongruentes, ou pessoas das quais as visões politicas
divergem das suas se os seus objetivos pelo menos estejam alinhados
no curto prazo. É surpreendente a frequência com que grupos
distintos podem se aliar em torno de uma única causa.
Dica!
A probabilidade de
sucesso é maior quando um grupo de pessoas elaboram as táticas e
estratégias tendo vivências distintas e possuem a capacidade de ter
um ponto de vista sobre a situação completamente inédito e vir com
uma solução criativa ou inesperada.
Passo
6.
Comuniquem-se. Usem
todos os meios de comunicação disponíveis (uma visita, um
telefonema, um e-mail) pense no que for mais apropriado baseando-se na
acessibilidade do grupo e da fluência de cada um no uso das novas
tecnologias.
Mencione o que você
aprendeu em sua pesquisa e o motivo pelo qual você considera que os
seus objetivos e de seus possíveis aliados convergem. Tendo definido
os passos dos quais consistirão a sua campanha, mostre a eles como podem se encaixar no seu cronograma explicando isso de uma
maneira clara e concisa.
Dica!
Uma coalizão pública
e formal pode ser mais problemática do que o imaginado. Considere o
trabalho conjunto com outras instituições de modo informal, [ou
seja] de maneira implícita.
Passo
7.
Marque um encontro com
todos os que se dispuseram a participar para que se conheçam. Permita a cada um falar de seus projetos pessoais e discorrer sobre como esta operação
conjunta se dará.
Passo
8.
Acompanhe. Entre em
contato com os grupos uma segunda vez para sintetizar o acordado e
enfatizar os próximos passos.
Passo
9.
Crie um diretório
central ou um comitê de coordenação composto por um pequeno
núcleo de indivíduos capazes e dispostos a dedicar mais tempo e
energia que os demais.
Se você é uma dessas
pessoas, aceite sua posição de liderança. Caso esteja fora desse
grupo, apoie-o onde, quando e como puder e ofereça seus melhores
conselhos. Deixe-os tomar as decisões pelo grupo, assim seu trabalho
irá progredir eficientemente.
Passo
10.
Confiem uns nos outros.
Passo
11.
Possibilite que a
confiança se estabeleça, torne o ambiente propício para que todos
sejam o mais transparente possível. Use as ferramentas que são
úteis para a colaboração, como o Google documents(bom
porque qualquer pessoa pode acessar o documento uma vez que esteja
logado no Gmail).
Passo
12.
Criem o calendário em
conjunto para os mais variados eventos e encontros de cada
oraganização para que qualquer um possa comparecer às reuniões de
outro alguém. Garanta que não haja eventos com datas e/ou horários
conflitantes!
Dica!
O consenso é difícil
de alcançar. Considere ampliar a definição disso – você pode
combinar que o consenso é atingido mesmo quando uma porcentagem
menor que 100% concorda? Talvez uma regra estabelecendo o consenso
como a adesão de 2/3 dos presentes?
Você pode encorajar os
cidadãos a denúnciar crimes eleitorais praticados em suas zonas
eleitorais e mapear esses crimes usando o Ushahidi. Para ser bem
sucedido, crie uma estratégia para alimentar sua plataforma antes
mesmo de instalá-la. Aqui vão algumas diretrizes para ajudá-lo com
isso. Se você seguir todos esses passos, será capaz de
documentar os crimes eleitorais e levá-los a julgamento na
justiça ao mesmo tempo em que cria um grupo organizado de cidadãos
ativos e civicamente engajados.
Passo
1.
Crie um cronograma.
Quanto tempo falta até as próximas eleições? 2 anos? 4 anos?
Quanto mais tempo melhor, mas independente de quanto tempo você
tenha disponível, planeje antecipadamente. Inclua no seu
cronograma:
-Metas a atingir por diferentes indicadores durante o processo eleitoral (veja
o passo 2)
-Interação com
públicos diferentes e quando isso pode ser feito (veja passo
3)
Passo
2.
Você quer registrar o
máximo possível de denúncias na sua plataforma, mas para qual
finalidade? Decida qual será
sua meta principal e considere colocar esse objetivo de forma clara e
bem localizada em seu site, por exemplo numa “caixa de diálogo”
com o título “Sobre nós.”
Passo
3.
Identifique o
público-alvo. Isso é importante na escolha das
melhores mídias para atraí-los para sua causa e deixá-los a par da plataforma e
de como esta funciona.
Aqui estão grupos
diferentes que você terá de identificar e entrar em
contato:
1. Parceiros
Regionais/Distritais (ver passo 4 e 5)
2. Multidões (ver
passo 6)
3. Voluntários ( ver
passo 7)
Passo
4.
Descubra quem são seus
aliados. Faça uma lista com o nome de todos os grupos que considere
que podem lhe apoiar, e irão devotar seus recursos pela sua causa,
por eleições livres e justas no Brasil. Isso inclui associações,
empresas, categorias trabalhistas, ONGs sérias, cooperativas,
instituições religiosas que podem não possuir a experiencia tecnológica
do seu time e o contato com ativistas jovens e empenhados, mas que tem processos estabelecidos para monitorar as eleições. Você constrói
sua própria estratégia em paralelo aos métodos já consagrados por
essas intituições.
Dica!
Identifique e entre em
contato com ativistas e projetos já existentes nessa linha, pois
irão lhe ajudar a promover e apoiar o seu projeto,
incluindo a certeza do armazenamento da informação coletada e de que a
rede de pessoas engajadas com a causa sejam reaproveitadas nas próximas
eleições ou outros eventos.
Passo
5.
Entre em contato com
todos da sua lista. Considere convidá-los para uma reunião informal. Em
seu primeiro encontro com esses grupos, decida a natureza da
colaboração de cada um – vocês irão criar uma aliança que
enviará todas as denúncias para a mesma plataforma, ou isso será
suficiente para ter certeza de que estão compartilhando informações
uns com os outros sobre seus esforços? Vocês estão incluindo o
registro de eleitores em sua campanha? Você quer que as denúncias
comecem antes da votação (com as evidências de compras de voto,
por exemplo), e em caso positivo quanto tempo antes da votação
propriamente dita? Como você saberá que os esforços empregados em
sua empreitada divulgarão o sucesso (ou não) de sua plataforma?
Dica!
Quando se encontrar
com os parceiros de sua região/destrito, enfatize que a mesma
campanha pode ter multiplos resultados positivos. Podendo ir além da observação
eleitoral colaborativa impactando em suas áreas de interesse
primário, seja na formação dos eleitores, no registro eleitoral,
no engajamento anti-corrupção e na educação cívica. Considere indicar
líderes para defender essas bandeiras, gerentes de suas próprias
sub-campanhas, com objetivos únicos.
Dica!
Quais
são as maiores comunidades brasileiras no exterior e com quem você
pode se comunicar no período das eleições? Se você não é um
brasileiro nato, certifique-se de que há uma boa razão para você
levar esse projeto a cabo (você tem certeza de que não há nenhum
brasileiro vivendo em seu próprio país de origem que possa liderar essa
iniciativa?) e comece a se comunicar o mais rápido possível com
aliados que tenham relações com os cidadãos, ativistas e demais
instituições atuantes. Nesse caso é muito importante identificar e
se comunicar
com os brasileiros que vivem fora do país.
Passo
6.
Divulgue para o máximo
de pessoas possível. Aqui tem algumas ideias:
- panfletos, eventos,
desenhos que motivem seu público alvo
- Consiga a atenção
da mídia, seja fazendo [por exemplo] um evento musical ou uma competição
que reúna uma multidão de jovens no mesmo local. Aproveite a
exposição que você terá na mídia e divulgue a sua causa. Mire os
formadores de opinião das redes sociais e blogs.
Passo
7.
Envolva os voluntários
no seu plano geral de divulgação e publicidade. Torne sua equipe
inicial disponível para as pessoas interessadas pelo seu projeto. Assim
que começar a ter pessoas interessadas em cooperar, você precisará
atribuir funções diferentes para cada participante e delegar
responsabilidades, a começar pelo grupo principal.
Por exemplo:
Coordenador de voluntários
Conselheiro técnico
Equipe de verificação (ou estratégica se você estiver
customizando a plataforma do Ushahidi para incluir verificações
automáticas das denúncias recebidas)
Passo
8.
Torne as coisas o mais
simples possível para os parceiros e voluntários colaborarem.
Defina as plataformas de colaboração. Exemplos:
Um chat público no skype
Um grupo no google
Um grupo no facebook
Uma hashtag ou nome de usuário do twitter
Se lembra das metas
definidas no cronograma? Certifique-se que esse cronograma esteja em
vários lugares – seja no topo das postagens do grupo do facebook,
do grupo do google, etc.
Dica!
É aconselhável ter no
mínimo dois grupos, um para o público em geral e outro para o seu
grupo principal. Saiba diferenciar o conteúdo a ser publicado em
cada grupo.
Passo
9.
Fontes de informação
Celulares – SMS
– Você quer pegar um número de celular usando o Frontline SMS ou
Clickatell, usar um código curto, ou ambos? O SMS é recomendado,
mas lembre-se que você terá que arrumar um jeito de mapear essas
denúncias feitas por mensagens de texto por conta própria, a não
ser que você possa conseguir esses dados com a compania telefônica que lhe passou o
código curto. Sua decisão deve levar em
conta o nível de cooperação da compania telefônica, incluindo se
já houve ou não um diálogo prévio com ela.
Email/Twitter/Outras
redes sociais – Certifique-se de adquirir toda a informação
necessária ao recolher as denúncias nessas plataformas. Considere a
possibilidade de criar um formulário na internet para conectar as
pessoas das mais diversas redes sociais e que peça todos os dados necessários: dados detalhados sobre a
localização, categoria e multimidia.
Denúncias nos veículos
de comunicação e jornalistas – Reúna as noticias envolvendo
denúncias (você pode delegar essa tarefa a um grupo de
voluntários).
Passo
10.
Equipe de
verificação e estratégia. Recomenda-se ter um time de
verificação capaz de receber alertas da plataforma sobre casos
acontecidos nas zonas eleitorais e preparado para descobrir o que
esta acontecendo. Melhor ainda, peça a um grupo de voluntários
residentes próximo ao local (lembre-se dos passos 4 e 5) ou
jornalistas da região para fazerem isso. Você terá que decidir se
todas as denúncias devem ser monitoradas, ou apenas aquelas de
fontes suspeitas. Você pode configurar o Ushahidi para que as
denúncias de fontes confiáveis sejam computadas automaticamente.
Passo
11.
Fechando
o ciclo de informações.
Como você irá mostrar as pessoas que lhe forneceram informações
que você realmente as recebeu? Certifique-se de ter um sistema que
diga aos colaboradores que as denúncias feitas foram recebidas e que
você está disposto a ir até o fim nessa empreitada.
Qual atitude tomar
com todos os dados em mãos? Como a documentação digital pode
ser utilizada nos tribunais brasileiros? Certifique-se de preservar a
documentação de fraude eleitoral recebida pela sua plataforma para
que ela possa servir de prova para prender os responsáveis pelos
crimes.
Toda campanha, independente do tamanho e da
sua perícia tecnológica, deve ser planejada antes de sair
pra rua. Nesse guia você aprenderá a definir:
- Seus objetivos
- Os recursos que você possui e precisa
para alcançar o seu objetivo
- Sua clientela
- Táticas, ações e meios de mobilizar as
massas
- A teoria para a qual você criará a
mudança que almeja
- Um cronograma para a sua campanha
-
Dica! Qualquer campanha terá seus altos e baixos com períodos de
maior empolgação e alguns nem tanto – como você irá criar um
clima após uma vitória e manter os participantes engajados após
uma calmaria?
Passo 1.
Defina sua visão de longo prazo. Procure
simplificá-la ao máximo para assegurar o sucesso, ou uma série de
sucessos, mas não tantos que tais sucessos sejam meramente
simbólicos.
Passo 2.
Defina seus objetivos de curto prazo. Um Bom
objetivo de curto prazo é...
ESPERTO:
Específico
Palpável Exequível Realista e com um Tempo
Objetivo a ser cumprido.
Passo 3.
Comece a identificar os recursos disponíveis
para lhe ajudar a atingir sua meta.
Por exemplo, com quem você pode trabalhar?
Colaboração é essencial para obter sucesso, e duplicar esses
esforços amplificam-no. Use seu tempo para descobrir quem mais está
lutando pelos mesmos objetivos que você,e entre em contato com eles.
Passo 4.
Descubra quais são os seus colaboradores
mais importantes identificando a clientela que você quer atingir.
Quem você terá que contatar para colocar em curso as mudanças que
deseja ver implantadas?
Você provavelmente direcionará a sua
campanha a duas correntes principais:
-
Sua clientela
Sua
clientela consiste dos seus colaboradores – as pessoas que você
quer recrutar para a sua causa e com as ações que você acredita
que criarão as mudanças. Eles podem ser seus conhecidos (pessoas do
seu colégio/faculdade) ou cidadãos no geral. O quanto mais você
simplificar mais fácil será emplacar o discurso certo para a adesão
deles! Antes mesmo de pensar em expandir o número de membros,
garanta que o máximo de pessoas possível saibam sobre a causa que
você defende.
-
Seu público alvo
Essas são
as pessoas que tem o poder de criar a mudança que você quer ver.
Pode ser um presidente, um político ou uma bancada no congresso,
acionistas de uma empresa, executivos de uma corporação, veículos de comunicação, ou outro
grupo qualquer com poder decisório. Saiba tudo sobre o grupo alvo
uma vez que o tenha identificado, pois você precisará saber o que
os levam a tomar partido de algo para que você seja bem sucedido.
Passo 5.
Poder se trata do que você possui e com
quais indivíduos/grupos/instituições com quem você se associa.
Como conseguir mais colaboradores –
o suficiente para mudar o equilíbrio do poder, de certo modo, você e
seus aliados e, por outro, seu público-alvo? O que você pode
oferecer que eles precisam?
I.E...
Ativistas peritos no uso da internet podem
usar seus recursos [contatos/colaboradores] para atrair suporte
internacional, e ampliar sua influência de forma até mesmo a
conseguir a adesão de personalidades e organizações
internacionais. Esses colaboradores internacionais tem um grande
poder de convencimento e de influência sobre as decisões políticas
de um país, e são capazes de voltar os olhares internacionais para
injustiças como a prisão de Leopoldo López.
Passo 6.
Transforme esse brainstorm em uma teoria
para que as ações postas em prática dêem o resultado esperado.
Antes de começar a planejar um monte de
táticas responda a essa pergunta:
Como será que as escolhas tomadas desse
ponto em diante criarão as mudanças desejadas?
Passo 7.
Para ser capaz de entender quais ações se
aplicam melhor a sua teoria de como a mudança se dará, primeiro
tenha certeza que você compreende o sistema que você procura
influenciar. Fale com quantas pessoas puder que estejam dentro desse
sistema. O que os leva a tomar decisões? Quais são suas fontes de
receita? Há divergências entre os líderes? Há alguém irritado
com a forma com que as coisas tem sido feitas?
Passo 8.
Coloque no papel as táticas que irá
utilizar. Na maioria dos casos, as táticas são planejadas
previamente em um cronograma que cria um ambiente propício durante
os meses. Mas de certa forma eles também criam uma dinâmica para
tirar vantagem das situações que surgem.
Vale a pena estar constantemente ciente da
mudança do quadro político e estar preparado para mudar as
estratégias e táticas de acordo com o momento.
I.E...
Uma insurreição contra um governo
totalitário é precedida por anos de trabalho duro e planejamento.
Porém uma mudança repentina no cenário internacional ou alguma
outra eventualidade podem criar a oportunidade de expansão do escopo
do projeto e até mesmo de execução imediata do plano inicial.
Dica!
Uma tática pode repelir aqueles que estão
com as rédeas do poder [uma ocupação ou protesto, por exemplo], ou
pode tirar os recursos financeiros deles, como um boicote ou greve.
Passo 9.
Ao definir sua campanha, tenha em mente que
haverão altos e baixos, pequenos sucessos ao atingir objetivos de
curto prazo, momentos de calmaria e pequenos fracassos. Após o qual
você terá que reavaliar os pormenores [como recursos, táticas e
público-alvo], fazer uma autocritica e prosseguir.
No que os altos e baixos afetam a sua
campanha? Como você irá capitalizar em cima de uma ação bem
sucedida e manter os colaboradores engajados durante ou depois da
calmaria?
Confira no diagrama abaixo que não há
apenas um líder tomando todas as decisões e as comunicando aos
demais. Ao invés disso há vários líderes. E ainda assim estão
todos conectados uns aos outros de uma forma estruturada e claramente
definida.
As pessoas no meio podem liderar pequenos
times encarregados de certas responsabilidades. Todos são líderes,
mas todos são orientados e operam baseados num propósito e
estratégia de aceitação geral entre os participantes.
Dica!
Escolha as lideranças baseado nas
diferentes habilidades das pessoas. Dê as pessoas funções
específicas (você é bom em x, então vou te colocar no comando
de x!), para definir objetivamente como vocês irão se comunicar e
para rever a propósito que os unem frequentemente.
Passo 11.
Parabéns! Agora que você tem um plano para
influenciar as pessoas certas que podem agilizar o processo de
mudança. As decisões feitas por você enquanto segue os passos aqui
descritos evoluem com o tempo, assim como os seus recursos mudam,
logo continue consultando-os durante sua campanha e reajuste o que
for necessário!
Com o uso das redes sociais, levantar fundos
se tornou mais fácil e prático. E isso requer fazer as coisas da
forma correta. Pense nisso como uma oportunidade de criar uma
relação duradoura e de duas vias entre você e os seus
colaboradores em potencial. Ao invés de entrar em contato
com eles regularmente para deixá-los a par do que as doações deles
lhe permitiram concretizar, utilize as redes sociais como um
mostruário e expositor das atividades do seu grupo – em outras
palavras, qual foi o impacto das doações recebidas.
Passo 1.
Crie uma página no Facebook.
Passo 2.
Coloque aplicativos de captação de
recursos na sua página. Alguns que facilitam a doação sem pedir ao
colaborador para sair de sua página são:
Promova a sua página sistematicamente.
Redirecione todas as suas postagens para a sua página. Diga a todos
que encontrar sobre ela, caso seja entrevistado por outras mídias,
peça para os espectadores visitarem a sua página. Quando criar
materiais impressos como flyers ou camisas, aproveite para divulgar a
sua página colocando uma referência a ela em algum lugar
estratégico.
Passo 4.
Quando receber uma doação, documente-a
juntamente com as informações de contato do colaborador.
Passo 5.
Você não precisa perder tempo e recursos
contactando seus colaboradores regularmente para acompanhar o que tem
sido realizado com suas doações. Utilize os recursos do facebook
para tal e da seguinte forma:
Tendo recebido o dinheiro,
certifique-se de documentar as informações para contato de cada
doador e deixe-os a par de como suas doações estão sendo
aplicadas. Ao invés de contactá-los individualmente [o que
consumiria muito tempo e esforço] coloque as fotos em sua página
das atividades que foram realizadas [desde a preparação de um
evento até a sua realização]. Todos tem acesso em tempo real ao
que está sendo concretizado em termos de esforço humano com suas
doações. As atualizações podem ser acompanhadas em outras mídias
sociais relacionadas a página como Youtube e Twitter além do
próprio Facebook, tal medida acelera a captação de recursos.
Esse artigo por si só não irá lhe tornar um
palestrante melhor. Você deve colocar as dicas contidas aqui em
prática para conseguir tal feito, adaptá-las ao seu estilo pessoal
e talvez inventar novas ferramentas por conta própria.
Resumidamente, cabe a você colocar o que é descrito aqui em
prática. O presente texto apenas lhe apontará o caminho correto a
seguir.
Os
erros fatais mais comuns
1. Ler
os slides. Existe alguma
justificativa plausível para um palestrante ler slides em voz alta uma vez que o espectador pode fazer isso por conta própria? Qual a
razão de fazer isso já que o conteúdo se encontra no
material informativo que foi distribuído previamente para o
público?
2.
Excesso de informação. Quem
disse que quantidade é sinônimo de qualidade? Se uma apresentação
é entediante, dez minutos já parecem uma eternidade. O público quer
encontrar relevância e aplicação prática do conteúdo que lhe é
transmitido.
3.
Falta de interação. Falar
ininterruptamente por 30, 40 ou mesmo 60 minutos é um tédio
para o espectador e pode levá-lo ao sono. Lembre-se de que muitos ouvintes tem uma vida e uma experiência profissional que desejam
compartilhar com os outros, cabe ao palestrante explorar, direcionar
e facilitar o compartilhamento desses relatos entre o público.
4.
Apresentadores apáticos.
Palestrantes que falam de forma monótona, parecem ter falta de
interesse pelo tema que abordam e levam o público à dispersão
rápidamente. Em poucos minutos o espectador estará entretido olhando
para algo mais interessante que a palestra ou pensando sobre o que
poderia fazer caso estivesse em outro lugar.
5.
Problemas técnicos. Projetores
que não funcionam, ar condicionado muito frio, aparelho de som
muito baixo, alto ou com chiado –
enfim, toda a sorte de problemas técnicos que se possa imaginar.
Problemas desse tipo muitas das vezes são inevitáveis ao longo de
muitas apresentações, alguns podem ser previnidos e aqueles que
não podem ser evitados jamais poderão arruinar a sua apresentação.
Geralmente esse tipo de problema acontece com quem não tem um plano
B ou não antecipa o que pode dar errado.
Como
atingir a excelência
1.
Interação. Apresentações
interativas criam oportunidades para que os ouvintes trabalhem em
conjunto e assimilem o conteúdo rapidamente.
2.
Objetividade. Seja conciso e
objetivo ao tratar dos três ou quatro pontos principais que deseja cristalizar na lembrança do público, ilustre-os usando
metáforas/anedotas para ser mais eficaz.
3.
Entusiasmo. Demonstre
entusiasmo sobre o seu tema e transmita esse interesse ao público.
Obs:
Outros pontos desejáveis são: humor, uso de histórias, relevância
e slides visualmente bem elaborados.
Qual
o diferencial dos Palestrantes muito requisitados?
Primeiro,
eles são capazes de sintetizar e arranjar grandes quantidades de
informação em algo inteligível e dentro do tempo estipulado para a
apresentação, garantindo que o público seja capaz de assimilar e
compreender os pontos principais.
Segundo,
a não ser que tenham ajuda de terceiros, apresentadores
qualificados criam seus próprios slides, transparências, gráficos
ou outros recursos visuais de apoio os quais podem ajudar o público
absorver o conteúdo facilmente. E quando eles trabalham sem
recursos visuais, sabem como criar um discurso que pode prender
a atenção do público por seus próprios méritos.
E, finalmente, os apresentadores habilidosos sabem
como apresentar, o que significa envolver uma sala cheia de pessoas
que podem estar: distraídas; hipnotizadas pelos seus BlackBerrys;
apenas vagamente interessadas no assunto; completamente hostis; ou
todas as possibilidades anteriores. Eles aprenderam o suficiente
sobre o público com antecedência, para adequar os seus discursos à platéia, e eles desenvolveram a presença de palco ao ponto de estarem completamente confortáveis no podium, não
importando quantos pares de olhos estão olhando para eles.
Sintetizar pilhas de informações em alguns
pontos compreensíveis e de fácil memorização pode demorar várias
horas ou mesmo dias. Criar slides ou outros elementos gráficos que
suportam o apresentador (ao invés de simplesmente duplicar o seu
conteúdo) leva mais tempo. E chegar a um nível de conforto com o
tema que permita ao apresentador se concentrar no público (e se eles
estão ou não compreendendo a explicação) em vez de tentar lembrar
o próximo ponto – pode levar horas de
ensaio ou mesmo várias apresentações seguidas (no caso da palestra
ser ministrada mais de uma vez).
Existe
uma crença de que imprimir e distribuir uma apresentação de
PowerPoint préviamente (1) ajuda o público a tomar notas mais
facilmente e (2) fornece um sumário da apresentação para os
inscritos que não puderem comparecer a palestra. E muitas entidades
quando convidam um palestrante pedem que eles enviem suas
apresentações antecipadamente.
Quando
lhe pedirem tal coisa, recuse o pedido. Primeiro porque capturar a
atenção do público e mantê-la é um desafio. As pessoas se
distraem facilmente e qualquer material informativo distribuído
antes da palestra é um convite à dispersão do público. Assim que o
espectador ficar entediado ou confuso, ele invariávelmente começará
a folhear o material informativo a procura de algo mais interessante
ou para ver o que vem a seguir. E nessa situação o apresentador
terá um trabalho muito mais ingrato para ganhar a atenção do
ouvinte novamente. Enfim, qual a necessidade de ajudar o espectador a ignorá-lo?
Segundo,
o PowerPoint é elaborado para ilustrar a sua fala e não para
duplicá-la. Enquanto alguns slides podem fazer sentido por si só,
outros estarão incompletos sem a narrativa que os acompanham e isso
confundirá qualquer um que perca a explicação que acompanha-os. E
por último, se você utiliza o humor em suas apresentações e
alguns slides fazem parte do componente humorístico da sua palestra,
não faria o menor sentido disponibilizar a sua apresentação
antecipadamente. Um comediante que distribuisse préviamente um texto com suas
piadas usadas no show não teria mais um emprego.
Por
fim, mesmo que o seu anfitrião lhe peça para “fazer uma
exceção” mantenha-se irredutível até que ele ceda. Se for para
distibuir o material informativo, faça isso você mesmo e na hora
que considerar conveniente.
*
* * * * Se
você teve problemas para preparar sua palestra, então é importante assegurar que as pessoas continuem acordadas. Você deve
pensar como tornar seu discurso atraente e vívido. Tenha respeito
pela platéia e presenteie-os com uma palestra boa, interessante e
memorável.