quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Os Meios de Supressão da Verdade

Por H. Michael Sweeney

Conheça o Foro de São Paulo
Esse texto é baseado no artigo “Thirteen Techniques for Truth  Suppression” escrito por David Martin, e pode ser útil para iniciar o leitor com as verdades veladas, meias verdades, mentiras e supressão da verdade quando crimes gravíssimos são discutidos em fóruns públicos. Incluem-se aqui os veículos de comunicação [principalmente a mídia chapa branca], um dos piores criminosos no que diz respeito a ser uma fonte de desinformação. Seja um crime envolvendo uma conspiração ou uma conspiração de fato para ocultar algum crime, haverá inevitavelmente uma campanha de desinformação lançada contra aqueles que pretendem descobrir ou expor a verdade e/ou a conspiração. Há táticas específicas das quais os desinformantes se valem, como as reveladas nos links ao final deste texto. Também está incluído no final do texto um link descrevendo os oito traços característicos do agente de desinformação o que pode ser útil para identificar os jogadores e suas motivações.

Quanto mais um partido político cometer as ações descritas nas regras e se encaixar nas descrições, maior a probabilidade de se tratar de um órgão de desinformação profissional investido de um propósito. Pessoas podem ser subornadas, ameaçadas ou chantageadas para disseminar desinformação, até mesmo os “mocinhos acima de qualquer suspeita” podem ser usados em muitos casos.

Uma pessoa racional interessada em descobrir a verdade irá avaliar o desenrolar dos fatos e concluir quais conexões são sólidas e conclusivas, se uma ou mais são inconsistentes e precisam de um tempo maior de investigação antes de se chegar a alguma conclusão, ou se algumas conexões podem ser descartadas, geralmente invalidando (mas não necessariamente, se uma ligação paralela já existe ou pode ser descoberta, ou se alguma conexão em particular era meramente secundária, e não principal por si só) o argumento. O jogo é composto pelo levantamento de questões que podem fortalecer ou enfraquecer [preferencialmente ao ponto de dissipar] as suspeitas. É da competência do desinformante interferir nessas análises… no mínimo ao ponto de fazer o povão achar que as suspeitas são improváveis ou descabidas quando na verdade não o são... ou propor soluções alternativas que os distanciem da verdade. Simplesmente impedindo ou desacelerando o processo através de táticas de desinformação, o gosto da vitória é assegurado pelo aumento da apatia que se alastra com o tempo e a retórica.

Pareceria verdade se em quase todo o caso onde alguém fosse incapaz de impedir a verdade de vir à tona para determinado desfecho, a verdade prevalecesse. Se a investigação é interrompida uma nova evidência será forjada, ou um novo encadeamento de fatos fabricado, ou a investigação é invalidada e uma nova será feita... Mas a verdade continuará a prevalecer. Não há vergonha em ser o criador ou colaborador de uma solução, elucidação ou investigação fracassada, caso a tenha conduzido com honestidade em busca da verdade. Essa é a abordagem racional. Embora seja compreensível que uma pessoa possa vir a ter um envolvimento emocional com um aspecto de uma dada questão, pouco importa quem vença desde que a verdade prevaleça. Mas o desinformante irá procurar punir ou arrancar reações emocionais de qualquer erro (reais ou mesmo falsos) e procurará por meio de intimidação impedir qualquer possibilidade de debate.

Os desinformantes e os mandantes atrás dos bastidores (aqueles que seriam prejudicados com a resolução do crime) estão a impedir uma investigação racional e completa de qualquer encadeamento de fatos que os comprometam. Já que raramente a verdades e os fatos caem por si só, estes devem se destacar das mentiras e fraudes. Aqueles que são profissionais na arte da mentira e do engano, como agências de inteligência [no estilo do FSB da Rússia ou do DGI cubano] e os criminosos de carreira (sendo sempre as mesmas pessoas ou no mínimo trabalhando em conjunto), tendem a aplicar ferramentas bem definidas e observáveis nesse procedimento. No entanto o populacho em sua grande parte não está preparado adequadamente para lidar com tais artimanhas, e é freqüentemente ludibriado por estas táticas já testadas e comprovadas. Notavelmente, nem mesmo os meios de comunicação, policiais e o judiciário recebem qualquer tipo de treinamento para lidar com essas técnicas. Na maioria das vezes, apenas os praticantes da desinformação entendem as regras do jogo.

O objetivo geral do desinformante é inviabilizar a discussão das relações entre os fatos de uma série de evidências das quais não se pode suprimir a verdade, mas como sempre, o uso de fraudes astutas ou mentiras fazem algumas correlações parecerem mais improváveis do que realmente o são, criando a ilusão de se ter chegado a uma resposta satisfatória, ou melhor ainda, fazem qualquer um que tenha acompanhado o desenrolar dos fatos se distrair de alguma forma, incluindo-se o método de se questionar a competência/credenciais do investigador. Compreendam que um fato é um fato independente da sua fonte. Da mesma forma, a verdade é verdade, independente de sua fonte. É exclusivamente por esse motivo que é permitido aos criminosos testemunhar contra outros criminosos. Quando um motivo para se mentir realmente existe, somente evidências recentes que comprovam que o testemunho em si é uma mentira o torna completamente inválido. Se um testemunho de um mentiroso costumaz não se sustenta por si só sem um embasamento verificável ou por fatos demonstráveis, pouco importa o que apresente ou quais as motivações desta pessoa, ou se a testemunha já mentiu no passado ou mesmo que tenha sido estimulada a mentir nessa instância  os fatos ou correlações poderiam e deveriam se sobrepor ou cair por seu próprio mérito e sua importância no caso seria apenas elucidativa.

E tem mais, especialmente no que diz respeito a fóruns públicos, cartas-ao-editor, chats de internet e grupos de discussão, o papel desempenhado pelo desinformante é crucial. Nesses fóruns, os comentários iniciais da discussão geralmente consistem em tentativas de [um comentarista comum] convencer outro indivíduo a adotar a mesma opinião, idéia, ou solução ou a se posicionar de certa forma perante uma questão – a qual está em estágio de desenvolvimento na ocasião. As pessoas costumam a usar tais meios para saber se suas opiniões encontram eco e na esperança de disseminá-las para influenciar a opinião alheia. Sempre que tais idéias são desfavoráveis ao governo ou poderosos, grupos escusos (especialmente se sua criminalidade é o tópico), o desinformante tem ainda outro papel  o papel de cortar o mal pela raiz. Ele também procura apresentar o conceito, o comentarista, e alguns apoiadores como algo/alguém de credibilidade excessivamente duvidosa tanto hoje quanto em um futuro hipotético [onde tais confrontos em fóruns públicos resultam em suas conquistas prévias]. Você poderá flagrar um desinformante em ação por uma única aplicação de “padrões mais elevados” de discussão do que o tópico debatido exige. Eles vão reivindicar que os foristas/comentarisas/adversários argumentem ou expliquem o conceito que apresentam com o mesmo nível de experiência e desenvoltura de um professor, pesquisador ou escritor investigativo. Qualquer coisa abaixo deste nível torna a discussão sem sentido e improdutiva em sua opinião, e qualquer um que discorde é obviamente estúpido  e eles geralmente contestam usando esses exatos termos.

Então, enquanto você lê tais discussões, principalmente em grupos de discussão na internet (GD), decida por si mesmo quando um argumento racional está sendo aplicado e quando desinformação, operações psicológicas (operações de guerra psicológica) ou trapaça são a ferramenta. Acuse os culpados [pelo uso de táticas reprováveis] livremente. Eles (tanto aqueles procurando deliberadamente lhe enganar, e aqueles que são simplesmente pensadores ingênuos ou medíocres) geralmente fogem em disparada quando são desmascarados, ou  colocando em outros termos, ou tomam vergonha na cara ou calam-se (um resultado perfeitamente aceitável de qualquer forma, dado que a verdade é o objetivo). Aqui estão os vinte e cinco métodos e oito características, algumas das quais não se aplicam diretamente a grupos de discussão da internet. Cada um contém um exemplo simples na forma original (alguns parafraseados para simplificar) provenientes de GD sobre acontecimentos históricos vulgarmente conhecidos, e uma resposta adequada.

Acusações devem ser usadas moderadamente  reserve-as para caluniadores repetitivos e aqueles que usam múltiplas táticas. Ao respondê-los fique atento as armadilhas emocionais ou distrações [assuntos periféricos ao tópico em questão], a não ser que haja o receio de alguns observadores serem facilmente dissuadidos pela fraude. Considere citar a regra por completo ao invés de simplesmente citá-la, pois os outros podem não ter referência do que está sendo dito. Ofereça-se para fornecer uma cópia completa do conjunto de regras caso necessário.

Continue em:

25 Regras de Desinformação

sábado, 3 de janeiro de 2015

Os Oito Traços Característicos de um Desinformante


Por H. Michael Sweeney

ANTI-MAV's - GUIA DEFINITIVO
1) Evasão. Eles nunca discutem um assunto de forma direta ou construtiva, em geral evitam citar referências ou as próprias credenciais. Em vez disso, eles simplesmente subentendem isto, aquilo e aquilo outro. Praticamente todo o discurso que apresentam parece lhes dar um ar de autoridade e de conhecimento especializado no assunto, quando na verdade não há qualquer justificação para alguém lhes dar qualquer credibilidade.

2)
Seletividade. Eles costumam escolher seus adversários cuidadosamente, seja aplicando a tática de bater-e-correr contra um comentarista que apoia seus desafetos, ou focando em ataques virulentos em adversários que são referência no trato de algum assunto específico. Caso um comentarista seja bem sucedido em refutá-los, estes irão mirar os próximos ataques na pessoa do comentarista assim como no argumento apresentado.

3)
Coincidência. Eles costumam a surgir do nada e, de alguma forma, coincidentemente com um novo tópico controverso sem qualquer registro prévio de aparição nas discussões de ordem geral envolvendo, sobretudo, a opinião pública. Eles desaparecem da mesma forma que surgem uma vez que o tópico deixa de ser uma preocupação geral. Eles foram encaminhados ou eleitos para estarem lá por uma razão e desaparecem por uma razão.

4)
Trabalho em equipe. Eles tendem a operar em bandos ou quadrilhas [sejam elas complementares ou auto-complacentes]. É óbvio que isto pode acontecer naturalmente em qualquer fórum público, mas provavelmente haverá um padrão contínuo de trocas frequentes desse tipo [rasgação de seda] onde os profissionais [da desinformação] estarão envolvidos. Por vezes um dos desinformantes se infiltrará em solo inimigo para virar uma fonte inesgotável de espantalhos ou outras táticas designadas para diluir a força do discurso do adversário.

5)
Anti-Conspiracionistas. Eles desdenham de “teóricos da conspiração,
e geralmente, daqueles que acreditam que o Eduardo Campos tenha sido vítima de um acidente premeditado. Pergunte o porque, se eles têm tal desprezo por “teóricos da conspiração,” deles se focarem tanto em defender um único tópico discutido em um fórum público [como um grupo de facebook] focado em conspirações ou atentados políticos? Alguns podem pensar que eles querem trollar todos em tudo quanto é tópico, ou que poderiam simplesmente ignorar completamente o grupo já que possuem tal desprezo. Ou alguém pode concluir acertadamente que eles tem motivações maiores do que parecem já que deixam de fazer outras coisas mais importantes para se focar exclusivamente nisso.

6)
Emoções artificiais. Um tipo raro de artificialismo emocional e insensibilidade – uma habilidade de perserverar e persistir mesmo em face de críticas devastadoras e rejeição. Isso provavelmente é fruto de treino em serviços de inteligência [como o DGI cubano, por exemplo] que pouco importa o quanto as evidências e os fatos o condenem, ele negará tudo e nunca se envolverá emocionalmente ou se tornará reativo. O efeito colateral disso é o desinformante parecer artificial. Maior parte das pessoas, se respondem com raiva, por exemplo, irão expressar a própria animosidade através de sua refutação. Mas os desinformantes tem problemas em manter a “imagem” e podem ser frios ou agressivos com vistas a simular emoções e estes são costumeiramente mais calmos ou de um estilo de se comunicar ausente de qualquer emoção. Este é apenas um trabalho e eles são incapazes de “encarnar o personagem” tão bem quanto o fariam em um veículo de comunicação ou pessoalmente em situações reais do cotidiano [a exemplo de uma conversa ou debate]. Você pode ficar com raiva em um momento, entediado no outro, ficar indignado, voltar a sentir raiva mais tarde – ou seja, um verdadeiro ioiô emocional. Com relação a insensibilidade, nenhuma crítica irá detê-los de fazer seu trabalho. E eles geralmente continuarão com seus padrãos de desinformação sem qualquer ajuste em relação as críticas recebidas da obviedade com que atuam no jogo da desinformação – onde um indivíduo sensato que realmente se importa com a opinião alheia procura melhorar o estilo e as habilidades próprias de comunicação, conteúdo, e por aí vai, ou simplesmente desiste.

7)
Inconsistência. Há uma tendência de cometer erros que expõem suas verdadeiras motivações. Isso pode se dar por saberem pouquíssimo do tema em debate, ou por algum motivo psicológico, como ter um real apreço pela verdade [a qual eles devem negar a todo custo devido a profissão exercida].

É de se notar também que eles irão citar informações contraditórias que se neutralizam por si próprias e ao autor. Por exemplo, alguém pode dizer ser advogado, mas culpar suas parcas habilidades de comunicação (oratória, gramática, dicção, estilo incoerente) por ter apenas o ensino fundamental. Qualquer pessoa desconhece algum advogado que tenha apenas o ensino fundamental, assim como desconhece algum que tenha apenas o ensino médio. Alguns desinformantes podem dizer não ter qualquer domínio sobre um assunto para depois se proclamar especialista no mesmo mais adiante no debate.

8) Constante de tempo. No que diz respeito aos grupos de discussão, o tempo de resposta é tudo. Há três meios de ver isso em prática, especialmente quando bolivarianos ou outros aliados interessados estão envolvidos em uma operação de acobertamento da verdade.

A) Qualquer postagem em grupos de discussão [como os do facebook] feitos por um defensor da verdade que esteja sob a mira dos desinformantes terá uma resposta imediata. Os governistas ou alguns de seus aliados poderosos podem pagar pessoas [como as do MAV-PT] para ficarem plantados no grupo esperando por uma oportunidade de causar estragos consideráveis. Como a desinformação em um grupo de discussão só funciona se o leitor ver as mensagens – a resposta imediata é mais que necessária, ou o visitante poderá ser influenciado pela verdade.

B) Quando estiver lidando de forma mais direta com um desinformante, como por e-mail, o atraso nas respostas se torna um clichê – haverá no minímo um atraso de 48 a 72 horas . Isso permite aos desinformantes reunirem-se para discutir uma resposta estratégica que tenha um efeito avassalador, será tempo suficiente para obter “permissão” ou instrução de seus superiores imediatos.

C) No exemplo A) acima, haverá também os ataques feitos depois das 48-72 horas e estes serão mais virulentos que os anteriores é a abordagem da equipe no jogo. Isso fica evidente quando algum defensor da verdade ou algum de seus comentários são considerados possuidores de algum potencial para revelar a verdade. Aliás, quem quer que seja que tenha algum apreço pela verdade será atacado duplamente pelo mesmo “pecado.”

Início

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

25 Regras de Desinformação

Por H. Michael Sweeney

Alegações sólidas e verídicas de atividades criminosas de alto nível podem derrubar um governo. Quando o governo não tem uma defesa eficaz baseada em fatos, este se utiliza de técnicas de desinformação. O sucesso destas técnicas é completamente dependente de uma imprensa [chapa-branca] cooperativa e complacente e de um mero partido de fachada para fazer uma falsa oposição.

Nota: A primeira regra e as cinco últimas (ou seis, dependendo da situação) geralmente não estão dentro do escopo de habilidades aplicáveis por um desinformante tradicional. Essas regras são mais usadas por aqueles em posições de liderança, mandantes de conspirações criminosas ou conspirações para acobertamento da verdade.

1. Não veja o mal, não ouça o mal e não pronuncie o mal. Independente do que você saiba, não discuta — especialmente se você for uma pessoa pública, âncora de um jornal, etc. Se não foi noticiado, o ocorrido nunca aconteceu e você nunca terá que se justificar.

2. Finja incredulidade e indignação. Evite discutir questões essenciais e ao invés disso foque-se em questões periféricas que possam ser usadas para mostrar o tópico como algo ofensivo para um grupo minoritário sacrossanto, categoria profissional ou que se trata de um discurso de ódio. É o truque conhecido pelo chavão “Como você se atreve!”.

3. Promova boateiros. Evite discutir os problemas descrevendo todas as acusações, independente da cena do crime ou evidências, como meros rumores e acusações gravíssimas. Outros termos depreciativos mutuamente exclusivos da verdade também podem funcionar. Esse método funciona muito bem com a ajuda de uma imprensa silenciosa/conivente, porque a única forma do povão saber dos fatos é através de “rumores discutíveis.” Se puder associar a informação com a internet, use esse fato para classificá-la como um “rumor improvável” [vindo de um “bando de crianças da internet”] sem qualquer embasamento em fatos.

4. Use um espantalho. Encontre ou crie um ponto fraco no argumento do seu oponente que você possa derrubar facilmente enquanto fica bem na fita e queima o filme do adversário. Também levante uma questão que você possa [com uma certa margem de segurança] deduzir que exista baseando-se em sua interpretação do argumento/situação do oponente, ou mirar no aspecto mais débil das acusações direcionadas a você. Amplifique a importância desse aspecto e destrua-o de uma forma que pareça derrubar todas as acusações [reais e fabricadas] enquanto evita discutir os problemas reais.

5. Esquive-se dos oponentes xingando-os e ridicularizando-os. Essa tática primária também é conhecida como “ataque ao mensageiro,” embora existam outras variações desse método ou abordagem. Rotule os adversários como “loucos”, “extrema direita”, “ultra direita”, “teórico da conspiração”, “radical”, “miliciano”, “racista”, “fascista”, “homofóbico”, “machista”, “xenófobo”, “fanático”, “fundamentalista” e por aí vai. Isso faz com que outros possíveis apoiadores recuem com medo de ganhar o mesmo rótulo odioso, e como consequência você se poupa de ter que lidar com o assunto.

Obs:Teoria da conspiração” é muito mais do que um mero termo irreverente ou de improviso [típico de conversas de corredor], mas uma ferramenta poderosa do discurso político. Usado estrategicamente como uma desqualificação pejorativa, o rótulo é um mecanismo verbal de defesa usado por esquerdistas para abafar as suspeitas que inevitavelmente surgem quando crimes políticos chocantes beneficiam os caciques do partido ou quando dão prosseguimento as suas agendas políticas, especialmente quando esses mesmos políticos/filiados controlam as agências responsáveis pela prevenção desse tipo de incidente ou pela investigação do crime ocorrido.

Em conjunto com o rótulo “teoria da conspiração” há suas variantes, “cracudo”, “lunático”, “excêntrico”, “viajar na maionese”, “sem noção” e por aí vai, estes por sua vez são interpolados com reportagens e comentários levados a cabo por agentes da desinformação para moldar a opinião pública.

6. Bata e corra. Em qualquer fórum público, faça um breve ataque ao seu oponente ou ao posicionamento do seu adversário em relação a alguma questão e então fuja antes que uma resposta possa ser elaborada, ou simplesmente ignore qualquer resposta. Isso funciona extremamente bem na internet e nas cartas-ao-editor onde o fluxo constante de novos perfis podem opinar sem ter qualquer compromisso com a explicação de críticas ou raciocínio — faça simplesmente uma acusação ou outro ataque, nunca discuta qualquer questão e nunca responda a qualquer justificativa ou explicação do adversário pois o seu objetivo como inquisidor é tornar o ponto de vista do adversário insignificante ao mesmo tempo em que lhe retira a dignidade.

7. Questione motivos. Perverta ou amplifique qualquer fato que possa ser levado a conclusão de que o oponente age a partir de uma agenda oculta ou outro ato desleal. Isso evita a discussão de questões  e força o acusador a ficar na defensiva.

8. Invoque autoridade. Reivindique  para você mesmo ou invista-se de autoridade e apresente seu argumento com bastante “jargões” e “minúcias” para demonstrar que você é “alguém que sabe o que está falando”, e simplesmente diga que não é assim sem discutir questões vitais ou demonstrar concretamente o porquê ou citar fontes.

9. Finja-se de idiota. Pouco importa os argumentos lógicos ou evidências que estejam sendo apresentadas contra você, negue-os até o fim [diga que não fazem sentido, não há provas, não tem credibilidade, não tem lógica, são inconclusivos, são invencionice, é infundado, é impreciso, que o interlocutor está agindo propositadamente e intencionalmente] e evite discutí-los.

10. Acuse o adversário de estar requentando notícias velhas. Um derivado do espantalho — geralmente, em um problema de alta complexidade e grande visibilidade, alguém irá fazer acusações antecipadamente sob as quais podem ser ou ter sido sanadas com facilidade – um tipo de investimento [pensando no futuro] para um assunto que não será contido facilmente. Antecipe-se sempre que puder e lance você mesmo um espantalho e derrube-o o mais cedo possível como parte de um plano de contingência. Acusações posteriores a isso, independente da veracidade ou de novas denúncias, geralmente podem ser associadas com a acusação original e descartadas sendo considerada simplesmente como mera repetição que não tem necessidade de ser respondida — tanto melhor quando o oponente está ou esteve envolvido com a fonte original.

11. Estabeleça e confie em um plano de ação alternativo. Usando uma questão secundária ou parte dos fatos, finja uma abordagem moralmente superior e “confesse” com candura que algum erro inocente, em retrospectiva, foi cometido — mas que os adversários estão aproveitando a oportunidade para colocar tudo fora das devidas proporções e dando a entender que os crimes são mais graves do que “realmente são.” Outros [como as linhas auxiliares] podem reforçar sua versão dos fatos [em um segundo momento] e até mesmo ir a público “pedindo um fim a esse absurdo” por você já ter “tomado a atitude correta.” O uso correto dessa tática pode angariar a simpatia do povão e o respeito por “ter jogado limpo” e “reconhecido os próprios erros” enquanto se livra do peso de ter que responder a questões mais sérias.

12. Enigmas não têm solução. Com base num leque de eventos cercando o crime e no grande número de envolvidos e de acontecimentos,  descreva o caso inteiro como algo muito complexo para se resolver. Isso induz aqueles que acompanham o caso a perder o interesse rapidamente sem que você precise lidar com os fatos recentes.

13. Lógica da “Alice no país da maravilhas”. Esqueça discussões de problemas recapitulando os antecedentes ou use uma aparente lógica dedutiva da qual se abstém qualquer fato concreto recente.

14. Exija soluções completas. Evite as questões exigindo que os oponentes solucionem o crime completamente, um estratagema que funciona melhor com as questões restritas a regra 10.

15. Manipule os fatos para mudar as conclusões. Isso requer muita criatividade a não ser que o crime tenha sido planejado prevendo os possíveis desfechos.

16. Desapareça com as evidências e testemunhas. Se não existe, não é um fato, e você não terá que responder a questão.

17. Mude de assunto. Use outra tática listada aqui em conjunto com essa ação, ache um jeito de tervegizar a discussão com um comentário abrasivo ou controverso na esperança de virar as atenções para um tópico novo e melhor defensável. Isso funciona bem com sujeitos que  conseguem “argumentar” com você no novo tópico e polarize a discussão de forma a evitar os pontos realmente importantes.

18. Emocione, antagonize, e incentive opositores. Se você não pode fazer nada mais, censure e seja sarcástico com seus oponentes e induza-os a dar respostas emocionais as quais irão fazê-los parecer idiotas e radicais, e geralmente isto é o bastante para fazer com que os argumentos do adversário pareçam incoerentes. Você não irá apenas evitar discussões das questões em primeira instância, mas, até mesmo o argumento usado pelo oponente em estado de descontrole emocional ainda que este esteja bem embasado, você pode evitar a questão completamente apontando a “hipersensibilidade que os opositores têm para críticas”.

19. Ignore as provas apresentadas, exija provas impossíveis. Talvez isso seja uma variante da regra “Finja-se de idiota.” Independente de quais evidências possam ser apresentadas por um oponente em fóruns públicos, Alegue a irrelevância das evidências e exija provas que são impossíveis para o oponente encontrar (a prova pode existir, mas não estar à disposição dele, ou isso pode ser algo notoriamente fácil de ser destruído ou retido, como uma arma usada em um assassinato, por exemplo). Para inviabilizar completamente a discussão da questão, isso requer que você negue [os fatos] categoricamente e julgue severamente a confiabilidade da mídia ou de livros como fonte válida, recuse a credibilidade de testemunhos, ou até mesmo negue que as declarações feitas pelo governo ou outras autoridades tenham qualquer significado ou relevância.

20. Evidências falsas. Sempre que possível, introduza novos fatos ou pistas falsas para entrar em conflito com os apresentados pelo oponente — como ferramentas úteis para neutralizar questões comprometedoras ou impedir a solução do caso.  Isso funciona melhor quando o crime foi planejado com continências propositais, e fatos não podem ser facilmente separados das falsificações.

21. Convoque um grande júri, um promotor especial, ou outras pessoas dotadas de poder no corpo investigativo. Subverta o (processo) para o seu benefício e neutralize efetivamente todas as questões comprometedoras sem qualquer discussão aberta. Uma vez convocados, a evidência e o testemunho são requeridos a manter-se em segredo quando tratados adequadamente. Por exemplo, se você comprou/subornou um promotor público, isso pode garantir que o grande júri não ouça nenhum testemunho útil, que a evidência seja selada e fique indisponível para subseqüentes investigadores. Uma vez que o veredicto favorável é alcançado, o caso pode ser considerado oficialmente fechado. Geralmente essa técnica é usada para inocentar o culpado, mas também pode ser usada para apurar acusações quando o objetivo for incriminar uma vítima.

22. Fabrique uma nova verdade. Crie seu próprio especialista(s), grupo(s), autor(s), líder(s) ou influencie os já existentes dispostos a forjar uma nova crença por meio de pesquisa científica, investigativa ou social, ou testemunho que lhe favoreça. Desta forma, caso queira tratar de alguma questão, poderá fazê-lo  com autoridade.

23. Crie grandes distrações. Se a regra anterior parece  não estar funcionando para distrair [o povão] dos problemas comprometedores, ou para prevenir uma cobertura inesperada da mídia de eventos [como um julgamento] que não possam ser obstruídos, fomente histórias polêmicas (ou trate alguma já existente como se fosse) para distrair as multidões.

24. Silencie os opositores.  Se os métodos acima não funcionaram, considere tirar os oponentes de circulação com uma medida drástica para que a necessidade de contornar problemas seja inteiramente desnecessária.  Isto pode ser feito por meio de homicídio, prisão e detenção, chantagem ou assassinato de reputação [pela liberação de informações sigilosas], ou meramente pela destruição financeira,  emocional , ou causando danos severos à saúde do adversário.

25. Tome um chá de sumiço. Se você guarda segredos comprometedores ou é protagonista de algum escândalo e tem chances de ser pego, para evitar problemas, suma do mapa até a poeira baixar.

Início
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...