quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Os Meios de Supressão da Verdade

Por H. Michael Sweeney

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Esse texto é baseado no artigo “Thirteen Techniques for Truth  Suppression” escrito por David Martin, e pode ser útil para iniciar o leitor com as verdades veladas, meias verdades, mentiras e supressão da verdade quando crimes gravíssimos são discutidos em fóruns públicos. Incluem-se aqui os veículos de comunicação [principalmente a mídia chapa branca], um dos piores criminosos no que diz respeito a ser uma fonte de desinformação. Seja um crime envolvendo uma conspiração ou uma conspiração de fato para ocultar algum crime, haverá inevitavelmente uma campanha de desinformação lançada contra aqueles que pretendem descobrir ou expor a verdade e/ou a conspiração. Há táticas específicas das quais os desinformantes se valem, como as reveladas nos links ao final deste texto. Também está incluído no final do texto um link descrevendo os oito traços característicos do agente de desinformação o que pode ser útil para identificar os jogadores e suas motivações.

Quanto mais um partido político cometer as ações descritas nas regras e se encaixar nas descrições, maior a probabilidade de se tratar de um órgão de desinformação profissional investido de um propósito. Pessoas podem ser subornadas, ameaçadas ou chantageadas para disseminar desinformação, até mesmo os “mocinhos acima de qualquer suspeita” podem ser usados em muitos casos.

Uma pessoa racional interessada em descobrir a verdade irá avaliar o desenrolar dos fatos e concluir quais conexões são sólidas e conclusivas, se uma ou mais são inconsistentes e precisam de um tempo maior de investigação antes de se chegar a alguma conclusão, ou se algumas conexões podem ser descartadas, geralmente invalidando (mas não necessariamente, se uma ligação paralela já existe ou pode ser descoberta, ou se alguma conexão em particular era meramente secundária, e não principal por si só) o argumento. O jogo é composto pelo levantamento de questões que podem fortalecer ou enfraquecer [preferencialmente ao ponto de dissipar] as suspeitas. É da competência do desinformante interferir nessas análises… no mínimo ao ponto de fazer o povão achar que as suspeitas são improváveis ou descabidas quando na verdade não o são... ou propor soluções alternativas que os distanciem da verdade. Simplesmente impedindo ou desacelerando o processo através de táticas de desinformação, o gosto da vitória é assegurado pelo aumento da apatia que se alastra com o tempo e a retórica.

Pareceria verdade se em quase todo o caso onde alguém fosse incapaz de impedir a verdade de vir à tona para determinado desfecho, a verdade prevalecesse. Se a investigação é interrompida uma nova evidência será forjada, ou um novo encadeamento de fatos fabricado, ou a investigação é invalidada e uma nova será feita... Mas a verdade continuará a prevalecer. Não há vergonha em ser o criador ou colaborador de uma solução, elucidação ou investigação fracassada, caso a tenha conduzido com honestidade em busca da verdade. Essa é a abordagem racional. Embora seja compreensível que uma pessoa possa vir a ter um envolvimento emocional com um aspecto de uma dada questão, pouco importa quem vença desde que a verdade prevaleça. Mas o desinformante irá procurar punir ou arrancar reações emocionais de qualquer erro (reais ou mesmo falsos) e procurará por meio de intimidação impedir qualquer possibilidade de debate.

Os desinformantes e os mandantes atrás dos bastidores (aqueles que seriam prejudicados com a resolução do crime) estão a impedir uma investigação racional e completa de qualquer encadeamento de fatos que os comprometam. Já que raramente a verdades e os fatos caem por si só, estes devem se destacar das mentiras e fraudes. Aqueles que são profissionais na arte da mentira e do engano, como agências de inteligência [no estilo do FSB da Rússia ou do DGI cubano] e os criminosos de carreira (sendo sempre as mesmas pessoas ou no mínimo trabalhando em conjunto), tendem a aplicar ferramentas bem definidas e observáveis nesse procedimento. No entanto o populacho em sua grande parte não está preparado adequadamente para lidar com tais artimanhas, e é freqüentemente ludibriado por estas táticas já testadas e comprovadas. Notavelmente, nem mesmo os meios de comunicação, policiais e o judiciário recebem qualquer tipo de treinamento para lidar com essas técnicas. Na maioria das vezes, apenas os praticantes da desinformação entendem as regras do jogo.

O objetivo geral do desinformante é inviabilizar a discussão das relações entre os fatos de uma série de evidências das quais não se pode suprimir a verdade, mas como sempre, o uso de fraudes astutas ou mentiras fazem algumas correlações parecerem mais improváveis do que realmente o são, criando a ilusão de se ter chegado a uma resposta satisfatória, ou melhor ainda, fazem qualquer um que tenha acompanhado o desenrolar dos fatos se distrair de alguma forma, incluindo-se o método de se questionar a competência/credenciais do investigador. Compreendam que um fato é um fato independente da sua fonte. Da mesma forma, a verdade é verdade, independente de sua fonte. É exclusivamente por esse motivo que é permitido aos criminosos testemunhar contra outros criminosos. Quando um motivo para se mentir realmente existe, somente evidências recentes que comprovam que o testemunho em si é uma mentira o torna completamente inválido. Se um testemunho de um mentiroso costumaz não se sustenta por si só sem um embasamento verificável ou por fatos demonstráveis, pouco importa o que apresente ou quais as motivações desta pessoa, ou se a testemunha já mentiu no passado ou mesmo que tenha sido estimulada a mentir nessa instância  os fatos ou correlações poderiam e deveriam se sobrepor ou cair por seu próprio mérito e sua importância no caso seria apenas elucidativa.

E tem mais, especialmente no que diz respeito a fóruns públicos, cartas-ao-editor, chats de internet e grupos de discussão, o papel desempenhado pelo desinformante é crucial. Nesses fóruns, os comentários iniciais da discussão geralmente consistem em tentativas de [um comentarista comum] convencer outro indivíduo a adotar a mesma opinião, idéia, ou solução ou a se posicionar de certa forma perante uma questão – a qual está em estágio de desenvolvimento na ocasião. As pessoas costumam a usar tais meios para saber se suas opiniões encontram eco e na esperança de disseminá-las para influenciar a opinião alheia. Sempre que tais idéias são desfavoráveis ao governo ou poderosos, grupos escusos (especialmente se sua criminalidade é o tópico), o desinformante tem ainda outro papel  o papel de cortar o mal pela raiz. Ele também procura apresentar o conceito, o comentarista, e alguns apoiadores como algo/alguém de credibilidade excessivamente duvidosa tanto hoje quanto em um futuro hipotético [onde tais confrontos em fóruns públicos resultam em suas conquistas prévias]. Você poderá flagrar um desinformante em ação por uma única aplicação de “padrões mais elevados” de discussão do que o tópico debatido exige. Eles vão reivindicar que os foristas/comentarisas/adversários argumentem ou expliquem o conceito que apresentam com o mesmo nível de experiência e desenvoltura de um professor, pesquisador ou escritor investigativo. Qualquer coisa abaixo deste nível torna a discussão sem sentido e improdutiva em sua opinião, e qualquer um que discorde é obviamente estúpido  e eles geralmente contestam usando esses exatos termos.

Então, enquanto você lê tais discussões, principalmente em grupos de discussão na internet (GD), decida por si mesmo quando um argumento racional está sendo aplicado e quando desinformação, operações psicológicas (operações de guerra psicológica) ou trapaça são a ferramenta. Acuse os culpados [pelo uso de táticas reprováveis] livremente. Eles (tanto aqueles procurando deliberadamente lhe enganar, e aqueles que são simplesmente pensadores ingênuos ou medíocres) geralmente fogem em disparada quando são desmascarados, ou  colocando em outros termos, ou tomam vergonha na cara ou calam-se (um resultado perfeitamente aceitável de qualquer forma, dado que a verdade é o objetivo). Aqui estão os vinte e cinco métodos e oito características, algumas das quais não se aplicam diretamente a grupos de discussão da internet. Cada um contém um exemplo simples na forma original (alguns parafraseados para simplificar) provenientes de GD sobre acontecimentos históricos vulgarmente conhecidos, e uma resposta adequada.

Acusações devem ser usadas moderadamente  reserve-as para caluniadores repetitivos e aqueles que usam múltiplas táticas. Ao respondê-los fique atento as armadilhas emocionais ou distrações [assuntos periféricos ao tópico em questão], a não ser que haja o receio de alguns observadores serem facilmente dissuadidos pela fraude. Considere citar a regra por completo ao invés de simplesmente citá-la, pois os outros podem não ter referência do que está sendo dito. Ofereça-se para fornecer uma cópia completa do conjunto de regras caso necessário.

Continue em:

25 Regras de Desinformação

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