quarta-feira, 27 de maio de 2015

No Platform – um caso de histeria esquerdofrênica


“No platform” é o mantra dos extremistas da esquerda para descrever a atitude adotada contra partidos/grupos de oposição. O termo vem do tempo em que os políticos proferiam seus discursos em cima de um palanque quando não havia os métodos modernos oferecidos pela internet, o debate e os pronunciamentos na TV.

Ao menos em teoria, a prática do “no patform” implica nos vários grupos de esquerda trabalhando ativamente para impedir os “fascistas” qualquer oportunidade de falar em público. Inúmeras justificativas são dadas pelos adeptos do “no platform” a respeito de suas ações. Um exemplo típico disso seria “todos têm o direito de acreditar no que quiser, mas alguns pontos de vista são tão abjetos que nós devemos impedi-los de serem externados.” Em outras palavras você pode pensar o que quiser, mas não pode verbalizar seu pensamento caso não gostemos dele.

A tática é reforçada fazendo lobby de várias formas. Na maioria das vezes isso ocorre na forma de ameaças de protesto e promessas de publicidade negativa. Enquanto a turminha do “no platform” nos quer fazer crer em um non sequitur de que esta é a prova do poder da democracia, a realidade é que muitas instituições e organizações cedem à intimidação, simplesmente por temer a violência e a publicidade ostensiva dos grupos de extrema esquerda.

“No platform” é algo falacioso em todos os aspectos. É ilógico, moralmente incorreto e impraticável. Eis aqui o porquê:

1) É escandalosamente hipócrita.

“No platform” é um conceito introduzido e aplicado por extremistas da esquerda sem qualquer legitimidade democrática ou competência jurídica. Esses sujeitos cospem na cara da democracia e decidem em seus coletivos-não-eleitos o que as pessoas devem ou não ouvir. É desnecessário dizer, que aqueles proibidos de serem ouvidos são os discordantes da visão política da extrema esquerda.

Esta prática autoritária é executada constantemente. Há algo mais hipócrita do que algo vindo de um grupelho que se diz antifascista?

2) É contraprodutivo.

Ocidentais são criados num abiente acadêmico e cultural que encoraja o pensamento crítico e o questionamento da autoridade. Se lhe for dito: “Não se atreva a ler o resto desse texto!” você terá duas reações prováveis. Uma delas será “Quem você pensa que é pra me dizer o que eu posso ou não ler?!” e a outra seria “Uau! O que será que há nesse texto que eu não posso saber! Deve ser muito bom!”. Você ficará duas vezes mais propenso a lê-lo.

Quando os coletivos-não-eleitos tentarem impor a vontade deles aos outros, um número considerável de indivíduos terá a curiosidade estimulada e isso irá desagradar os extremistas da esquerda.

3) É um retrocesso.

Se permitirmos que a polícia do pensamento controle o que pode ou não ser discutido, quem poderá dizer que isso não afetará o nosso desenvolvimento?

4) Instiga a histeria, a mentira e a corrupção

As mentiras emanam com maior frequência dos grupos políticos sem opositores que contrabalacem a opinião pública. Eles acreditam tão piamente no próprio poder que se tornam arrogantes e desonestos. Há muitos exemplos assim pelo mundo.

5) É desnecessário.

Nós já temos a única restrição à liberdade de expressão que se faz necessária. Ela é chamada de Direito Consuetudinário. O Direito Consuetudinário é apolítico (em teoria) e tem evoluído ao longo de centenas de anos no Ocidente. Como tal, é alheio aos caprichos de qualquer extremista arrogante, é indiferente ao pensamento da moda e é democrático. O Direito Consuetudinário fornece a proteção que precisamos de quem iria incitar os outros a fazer-nos mal, ou a violar nossos direitos civis. Muitas pessoas morreram lutando para que o Direito Consuetudinário protegesse a todos nós, e este jamais será vilipêndiado por uma horda.

Talvez existam muitas pessoas cínicas acreditando erroneamente que o “no platform” é a resposta. Eles estão errados, e prestando-se a uma das práticas mais hipócritas da idade moderna.

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